à minha filha

Santo André, 02 de junho de 2008.

Minha querida filha:

Sempre caminhamos juntas, desde seus primeiros passos. Sempre quis lhe proporcionar todo o dengo e mimo, medindo e pesando, para que se fortalecesse e crescesse uma menina resistente e firme. Quando ficou moça, nossos laços de mãe e filha ficaram mais estreitos, pois uma entendeu a feminilidade da outra mais.

Uma jovem, procurei responder seus questionamentos, respeitando suas possibilidades, desejos e sonhos. Uma moça, uma jovem mulher. Hoje, quando vejo você partindo todos os domingos, choro, de uma saudade que não tem fim.

Penso... daqui a pouco ela volta. Mas o buraco está cavado e é fundo. Ao mesmo tempo, a admiro mais, pela maturidade com que tem convivido com seu pai. Ele me segredou que tem vivido bem porque você é forte e decidida.

Minha filha linda, minha princesa, meu dengo, minha alegria de viver. Que bom que Deus me permitiu ser sua mãe. Já te contei, mas quando meu ventre era sua casa, eu vivia em euforia, pela menina que eu ia ter. Contava pra todo mundo. Só faltava noticiar na tv. Sua chegada foi comemorada com o maior amor que pude lhe dar.

Minha menina, perdoe-me se algum dia lhe deixo faltar atenção ou mesmo algo material. A torcida pelo seu sucesso e pela sua felicidade move meu cotidiano. Não deixo de pensar em você.

Um beijo, boa noite.

Mom

Sônia Casalotti
Enviado por Sônia Casalotti em 02/07/2008
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