BIOGRAFIA RICARDO FONTOURA - UM SONHADOR INCURÁVEL

Há homens que nascem para reformar o mundo. Pelo menos parte do mundo. São seres que se veem com a missão de deixar uma marca, de construir grandes obras, de influenciar gerações. Além de aguçada inteligência e capacidade empreendedora, esses homens tem algo em comum: são sonhadores incorrigíveis. Sonham com um mundo melhor porque são inconformados com tudo que veem. Entendem que podem fazer mais e melhor muitas coisas. E não ficam apenas sonhando, vão lá e fazem.

Ricardo pertencia a esse time. Ao time daqueles que nasceram, olharam o mundo e decidiram que ele poderia ter uma versão melhor. Desde menino, de calça curta e caderno na mão, Ricardo já tinha ideias avançadas. Já esboçava planos, projetos, já gostava da ideia de criar soluções para velhos problemas.

O fato de sempre ter sido bem disciplinado e metódico às vezes escondia dos olhos das pessoas o sonhador romântico que havia dentro dele. Ele não vestia o figurino de sonhador desleixado, sem metas e derrotado que há aos montes por aí.

Era o sonhador que conseguia organizar as ideias, criar o ambiente e começar a realizar o sonho. Ricardo achava um desperdício enorme jogar sonhos no lixo por falta de esforço, dedicação e estratégia para fazer com que as coisas pudessem acontecer. Um sonho apenas no papel não era algo que seduzia Ricardo. O grande diferencial dele foi se debruçar sobre o papel e ruminar mil maneiras de não errar e uma de acertar. Nisso ele se afiançava: precisava de uma só ideia muito boa e o resto ele batalhava com esforço, trabalho duro e estratégia.

Ricardo sonhou ser engenheiro, como o pai. Apesar de o pai não ter exercido a profissão, inspirou os filhos a seguir seus passos acadêmicos. Ricardo sonhava com o diploma, mas sonhava ainda mais com os conhecimentos que iria adquirir. Sonhava em ser um ótimo engenheiro e erguer prédios bem altos em Belo Horizonte. E depois em todo o Brasil.

Teve a oportunidade de realizar seu sonho e isso o deixou muito feliz e orgulhoso da própria trajetória. Das batalhas que teve que lutar para conseguir. Quando se sentia merecedor das glórias que conseguia, ele ficava muito mais feliz, se sentia digno e no caminho certo. Ficava em paz com sua consciência e com seus valores. Sonhava, corria atrás e conseguia, com muita luta e suor, fincar sua bandeira no lugar mais alto.

Sonhar alto sempre foi sua condição. Não aceitava tentar menos que isso. Quando resolveu voltar para Goiás, Ricardo teve que ter sonhos novos. Reaprender a sonhar com a vida no campo. Mas não uma vida exatamente pacata. Sua ideia era criar revoluções dentro do agronegócio. Fazer de mercados pequenos coisas grandes. Envolver muita gente no projeto, produzir riqueza para a região, gerar produtos de qualidade para o Brasil.

Uma forma que ele passou a ter nos seus sonhos era a clareza. Não era um sonho egoísta, que morava apenas dentro da sua cabeça. Não era aquele tipo de sonho que morre no rabisco do papel. Ele gostava de moldar o sonho, com a opinião de outras pessoas. Era como um minerador. Modelava, cortava as impurezas, limpava, deitava fora as gorduras desnecessárias e ficava apenas com o metal precioso, com a pedra que brilha. É com ela que ele ia longe, que arriscava no mercado financeiro, que sacrificava noites de sono, que ia além dos seus limites.

Anderson Alcântara
Enviado por Anderson Alcântara em 06/05/2022
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