RICARDO FONTOURA - TALENTO DE SER AO MESMO TEMPO PATRÃO E AMIGO
Qual a linha que separa o patrão exigente do amigo querido? Para o empresário Ricardo Fontoura não havia a demarcação dessa fronteira de modo muito claro.
Conseguia ao mesmo tempo ser o chefe que cobrava resultados dos colaboradores e ser o amigo que dava conselhos sobre família, estudos e viagens.
O lado humano de Ricardo era bem aflorado e deixava em cada colaborador uma marca de afeto. A sua morte foi sentida dentro da empresa não como a de um chefe admirado, mas sim, a de um amigo querido, que se foi para sempre.
“O Ricardo viu coisas em mim que nem eu mesmo via. Era um exemplo de patrão, que enxergava as pessoas por dentro”, destaca Carlinhos, há tantos anos na Vera Cruz.
Todos os colaboradores têm uma história carinhosa para contar. A copeira Cleide tem uma bem curiosa. “Ele sempre me chamava de Neide. Quando ele morreu foi como se o chão tivesse desabado. Como se tivéssemos entrado num buraco”, conta. Ela, o marido Antônio Jales e as duas filhas, Laiza e Maisa, viveram a experiência de ter Ricardo como patrão e amigo.