uma sexta-feira de outubro

Acordei hoje pela madrugada, por raios e trovões. A chuva batia forte na janela e a tempestade de descargas elétricas faziam uma linda sinfônia que há tempo eu não apreciava. Não é todo dia que tal orquestra se apresenta assim. Por mais que gostaria de permanecer na cama, rolando e rolando, curtindo aqueles rugidos celestiais, me obriguei a sair dela e iniciar meu dia. Hoje foi cedo, lavei a louça que acumulei e me pus as roupas. Logo saí, fardada de coturno sintético e calças militares, acompanhada da minha fiel capa de chuva. Ela tem um cheirinho de mofo, mas nada que uma lavagem e um sol não resolvam. Não sei o que será a partir de agora, o que sei é que as coisas estão se transformando, indo além. Que eu seja cansada, mas que eu seja uma cansada feliz. Tenha um bom dia. Eu sigo no metrô, chacoalhando e pensando que eu poderia estar lendo algo no celular ao invés de estar escrevendo. Tudo bem, segunda-feira vai ser um novo dia. Por ora não me permito me preocupar mais do que o estável (palavra curiosa que tenho tentado me encaixar na definição conforme vou vivendo). Acho que pela manhã é isto mesmo. Biografia, um nome bonito para escrever da vida da gente. 04/10/19

veg(ana)
Enviado por veg(ana) em 04/10/2019
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