Minha história capítulo VI

" Há um mundo em todo mundo"

O pensamento refletia na força da razão, e as atitudes contestavam o protocolo rigoroso de uma sociedade mesquinha e egoísta.

Aos poucos eu fui me originalizando, não me importando com insultos, sorrisos irônicos e olhares de desprezo, consequentemente formei o meu mundo de fantasia, onde tudo era possível, onde todos me amavam e me aceitavam sem reservas, sem medo.

Contudo meu coração encontrava-se constantemente distante, confuso, aéreo, não aceitava de forma alguma uma superfície para aterrissar. A desconfiança brotava no peito como ervas daninhas que se enraízam não permitindo nitidez em meu semblante.

Desde de outrora me sentia como escolha de ninguém, numa parada obrigatória para os responsáveis. Nos ramos verdes da vida era difícil refletir tais questões e com o tempo foi se concretizando o arcaico de letras que não se agrupam.

Quem pediu pra ver a luz? Ninguém. Porém todos estão aqui e cada qual seguindo seu caminho.

Meu único desejo era me encontrar, não possuía ninguém como espelho, nem mesmo uma voz para dizer o valor de meu rosto, minha crosta era submersa na ilusão de palavras insignificantes. Mas no meu mundo não, la tudo era lindo e colorido, era só meu, ali eu conseguia respirar.

Há um mundo em todo mundo.

E isso senhores não sou eu que o pronuncio.

Mas de fato se reflete na vida de todos.

Pois todos possuem um todo dentro de si.

Qual seu mundo?

É de sonhos, é de danos,

é obscuro ou claro demais.

Insisto em querer saber qual seu mundo?

É de medo, de desejos,

de simplicidade ou vaidade demais.

Seu mundo é mel e fel,

mundo de solidão,

mundo de "Alice".

Seu sorriso é nada,

viajante na estrada.

Seu mundo é paraíso,

Ou inverso dele.

Mundo, que mundo que vives,

que mundo que eu vivo?

Chegamos a uma conclusão.

Cada hora estamos em um mundo diferente.

Patrícia Onofre
Enviado por Patrícia Onofre em 15/07/2018
Reeditado em 02/02/2019
Código do texto: T6391013
Classificação de conteúdo: seguro