Minha história capítulo V

"O conhecimento liberta, a ignorância aprisiona."

Quando adrentei ao modo sistemático fiquei feliz por conhecer as letras e as palavras, éra como se elas me convidasem a desbravar novos mundos e novos rumos. A escola, como eu posso dizer, era como se fosse o mel e o fel pra mim, mel por aprender a ler e eu me lembro

de sentir uma sensação indescritível, pois eu queria devorar os livros de contos de fada e tal, mas os mais cobiçados eram os livros de classe mesmo, o abc de leiturinhas diversas, no qual eu lia todos os textos, e amava, aah como eu amava. E pronunciei fel devido eu sofrer bullying todos os dias, por ser esteticamente diferente, por ser calada, por ser negra, por ser isolada. Era só eu virar a esquina pra ouvir alguém gritar, olha a sem orelha, cadê a orelha dela? Era o que eu me perguntava também, e isso me magoava muito, porém eu não chorava, deve ser por isso que meus olhos viviam lacrimejados, e até hoje ficam assim, da impressão que quero chorar mas são lágrimas que se acumularam por longos anos.

Meu amigo livro

Quando o conheci foi amor a primeira vista, ele me fez viajar e me levou a lugares inimagináveis, que como por primazia me deixei seduzir por algo tão mudo, pois não dizia nada como eu, mas falava tudo como ninguém. Ele foi e é um companheiro, que me envolveu, me instruiu e me encantou.

Na infância perdida estavas ali esperando que eu o abrisse para então viajar e reportar para onde eu quisesse ir.

Foi quando conheci o Sítio do Picapau Amarelo, e pude me divertir com histórias incontáveis e com personagens inesquecíveis, também viajei com fadas, princesas e visitei vários castelos.

No decorrer da vida adentrei em Vidas Secas e me emocionei com a morte da cachorra baleia.

No desabrochar das flores conheci Dora em Vida de Drogas, que me alertou de uma realidade que eu não gostaria de viver.

Conheci também o Primo Basílio que me despertou coisas misteriosas.

Mas foi a escrava Isaura que me estimulou a ser livre e a lutar pelos meus ideais

Por fim não poderia deixar de falar dos suspenses de Agatha Cristie, pois fixei-me neles tornando-se um dos meus vícios diários, consequentemente resultando ao meu mundo subjetivo soluções para problemas antes indecifráveis.

Querido amigo, só tenho a agradecer.

P.S Patrícia Onofre

Patrícia Onofre
Enviado por Patrícia Onofre em 12/07/2018
Reeditado em 02/02/2019
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