TA OQUE HOME???? .... TA BOM DEMAIS SÔ!!!
Cangaceiro ou Cabra Macho???
Muito se diz desse Capitão que fez muita gente se sentir covarde, quando diziam Virgulino o povo tremia... e as mulheres enfrentavam e isso o conquistava, pois decidia em tomar as mulheres mais valentes para domar... e foi assim que surgiu a Santinha... ou Maria Bonita...
Fazem piadas pela região que um dia no sertão, mandou tocar a música e todos os homens e as mulheres ficassem nuas e os homens também... mas que os homens colocassem um dedo na boca e outra no anus...
Quando mandou trocar o dedos... teve um cabra... que disse:-
- “Tá danado!!!”
E Lampião perguntou mostrando a arma:-
- “Tá danado de quê home???”
E o covarde.. .respondeu:-
- “Tá danado de bom!!!!”
Talvez a fama não é para tanto, mas muita gente que viveu e conviveu tem muito o que contar das peripécias desse FORA DA LEI... que GETÚLIO VARGAS... deu ordens de RESOLVER O PROBLEMA...
Mas enfim que tal conhecermos um pouco dos MACACOS como eram chamados os militares que o perseguiam... mas ao ver o bando fugiam pulando como macacos do pavor de serem mortos pelos cangaceiros, motivo pelo qual Virgulino os chamava de Macacos...
Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, nasceu na cidade de Vila Bela, em Serra Talhada, em 4 de Junho de 1898, alguns biógrafos dão a data de 07 de julho de 1897 , data de registro civil, mas segundo a tradição o batismo era o que se considerava como a data de seu nascimento, foi o terceiro filho de José Ferreira da Silva e Maria Lopes de Oliveira.
Durante seus 40 anos de vida deixou sua marca registrada de um cangaceiro, que o povo o considera um Robin Hood do sertão nordestino, pois saqueava, sequestrava bens, armas, comida, dinheiro dos coronéis e fazendeiros e distribuía aos pobres que não tinham o que comer e fez a sua fama...
A Literatura de Cordel conta suas andanças por todos os estados que foram 7 de toda a região nordeste, e era devoto do Padre Cícero, mas que só se encontrou com ele uma vez em 1926 em Juazeiro do Norte....
O seu registro de nascimento só foi registrado no dia 07 de agosto de 1900. Até os 21 anos de idade ele trabalhava como artesão, era alfabetizado e usava óculos para leitura, características bastante incomuns para a região sertaneja e pobre onde ele morava.
Uma das versões a respeito de seu apelido é que ele modificou um fuzil, possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que o cano aquecia tanto que brilhava no escuro feito lampião.
Sua família travava uma disputa mortal com outras famílias locais até que seu pai foi morto em confronto com a polícia em 1919. Virgulino jurou vingança. Tornou-se um mito em termos de disciplina. O bando chamava os integrantes das volantes de sua perseguição de “macacos”- uma alusão ao modo de como os soldados fugiam quando avistavam o bando dos cangaceiros...
Durante os 20 anos seguintes (começando aos 21 anos), Lampião viajou com seu bando de cangaceiros, que nunca ultrapassou o número de 50 homens, todos a cavalo e em trajes de couro, chapéus, sandálias, casacos, cintos de munição e calças para protegê-los dos arbustos com muitos espinhos típicos da vegetação da caatinga.
Para proteger o “capitão”, como Lampião era chamado, todos usavam sempre um poder bélico potente. Como não existiam contrabandos de armas para se adquirir, em sua maioria eram roubadas da polícia e unidades paramilitares. A espingarda Mauser e uma grande variedade de pistolas semi-automáticas e revólveres também eram adquiridos durante os confrontos. A arma mais utilizada era o rifle Winchester.
Lampião foi acusado de atacar pequenas fazendas e cidades em sete estados, além de roubo de gado, sequestros , assassinatos, torturas, mutilações, estupros e saques...
Assim seu bando era respeitado e temerado por seus inimigos, tanto coronéis bem como os militares da região...
Sua namorada, Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita, juntou-se ao bando em 1930, e assim como as demais mulheres do grupo, vestia-se como um cangaceiro e participou de muitas das ações do bando.
Virgulino e Maria Bonita, tiveram uma filha, Expedita Ferreira, nascida a 13 de setembro de 1932, há ainda informações controversas que tiveram mais dois filhos gêmeos Ananias e Arlindo Gomes de Oliveira, mas nunca foi comprovada a verdade dos fatos, o casal teria tido ainda dois natimortos.
Segundo seus biógrafos, Maria Gomes de Oliveira ou Maria Bonita, nasceu em 8 de março de 1911, na fazenda Malhada Caiçara, em Santa Brigida , na Bahia. Seus pais eram José Felipe e Maria Joaquina da Conceição, conhecida como “Maria Déa”.
Alguns estudiosos do cangaço revelam que não há certeza sobre a data de nascimento de Maria Bonita, e também que ela não seria filha de José Felipe, mas de um senhor chamado “Agripino”, ex-namorado de “Maria Déa”. E segundo autor historiador o nascimento de Maria Bonita seria no dia 10 de janeiro de 1910.
Durante 20 anos foram varias batalhas travadas sem que as forças policiais tivessem êxito contra os 50 cangaceiros que fizeram sua história com suas andanças pelos sete estados, sempre fugindo e busca de segurança, mas jamais foram poupados que sempre dormiam ao relento ou em algum local onde fossem acolhidos como amigos, mas nem todos tinham coragem de assumir a sua amizade com esses foras da lei...
Assim no dia 27 de julho de 1938, o bando acampou na fazenda Angicos, situada no sertão de Sergipe, esconderijo tido por Lampião como o de maior segurança.
Era noite, e chovia muito e todos dormiam em suas barracas. A volante chegou tão de mansinho que nem os cães pressentiram. Por volta das 5:15 do dia 28, os cangaceiros levantaram para rezar o ofício e se preparavam para tomar café, quando um cangaceiro deu o alarme, mas já era tarde demais.
Não se sabe ao certo quem os traiu mas todo o bando foi pego totalmente desprevenido.
Quando os policiais do Tenente João Bezerra e do Sargento Aniceto Rodrigues da Silva abriram fogo com metralhadoras portáteis, os cangaceiros não puderam empreender qualquer tentativa viável de defesa.
O ataque durou uns vinte minutos e poucos conseguiram escapar ao cerco e à morte. Dos trinta e quatro cangaceiros presentes, onze morreram ali mesmo.
Lampião foi um dos primeiros a morrer. Logo em seguida, Maria Bonita foi gravemente ferida.
Alguns cangaceiros, transtornados pela morte inesperada do seu líder, conseguiram escapar.
Bastante eufóricos com a vitória, os policiais apreenderam os bens e mutilaram os mortos.
Apreenderam todo o dinheiro, o ouro e as jóias.
A força volante, de maneira bastante desumana para os dias de hoje, mas seguindo o costume da época, decepou a cabeça de Lampião.
Maria Bonita ainda estava viva, apesar de bastante ferida, quando foi degolada.
O mesmo ocorreu com Quinta-Feira, Mergulhão (os dois também tiveram suas cabeças arrancadas com vida), Luís Pedro, Elétrico, Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete (2) e Macela.
Um dos policiais, demonstrando ódio a Lampião, desfere um golpe de coronha de fuzil na sua cabeça, deformando-a; este detalhe contribuiu para difundir a lenda de que Lampião não havia sido morto e escapara da emboscada, tal foi a modificação causada na fisionomia do cangaceiro.
"Feito isso, salgaram os seus troféus de vitória e colocaram em latas de querosene, contendo aguardente e cal."
Os corpos mutilados e ensanguentados foram deixados a céu aberto, atraindo urubus.
Para evitar a disseminação de doenças, dias depois foi colocada creolina sobre os corpos.
Como alguns urubus morreram intoxicados por creolina, este fato ajudou a difundir a crença de que eles haviam sido envenenados antes do ataque, com alimentos entregues pelo coiteiro traidor.
Percorrendo os estados nordestinos, o coronel João Bezerra exibia as cabeças - já em adiantado estado de decomposição - por onde passava, atraindo uma multidão de pessoas.
Primeiro, os troféus estiveram em Piranhas, onde foram arrumadas cuidadosamente na escadaria da Prefeitura, junto com armas e apetrechos dos cangaceiros, e fotografadas.
Depois, foram levadas a Maceió e ao sudeste do Brasil.
No IML de Aracaju, as cabeças foram observadas pelo médico Dr. Carlos Menezes.
Depois de medidas, pesadas e examinadas, os criminalistas mudaram a teoria de que um homem bom não viraria um cangaceiro, e que este deveria ter características sui generis.
Ao contrário do que pensavam, as cabeças não apresentaram qualquer sinal de degenerescência física, anomalias ou displasias, tendo sido classificados, pura e simplesmente, como normais.
Do sudeste do País, apesar do péssimo estado de conservação, as cabeças seguiram para Salvador, onde permaneceram por seis anos na Faculdade de Odontologia da UFBA.
Lá, tornaram a ser medidas, pesadas e estudadas, na tentativa de se descobrir alguma patologia.
Posteriormente, os restos mortais ficaram expostos no Museu Antropológico Estácio de Lima localizado no prédio do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, em Salvador, por mais de três décadas.
Dizem alguns historiadores que a música “Mulher Rendeira” é uma composição de letra e musica de Virgulino , vulgo Lampião em homenagem a sua tia, mas haja quem duvide que um biografo ao escrever sua historia tenha composto tal música e não assumindo a autoria a fez para que ela se tornasse um hino e o que mais se toca e se homenageia o povo dessa região tão sofrida e com certeza irá cultuar o seu herói, pois por mais que possamos condenar suas leis, fizeram parte dessa história do Brasil que com certeza, poucos sobraram para contar que com ele se atreveu brigar ou mesmo ser homem suficiente para dizer NÃO a LAMPIÃO... O REI DO CANGAÇO!!!