Biografia do Ambientalista PAULO NOGUEIRA NETO

Paulo Nogueira Neto é a maior personalidade na história ambiental do Brasil. O ambientalista brasileiro mais longevo, conhecido, respeitado, admirado e premiado nacional e internacionalmente!!!

Nasceu em 18 de abril de 1922, na cidade de São Paulo, onde deu sequência a sua rica árvore genealógica, construindo uma carreira brilhante que o consagrou como ícone do movimento ambientalista no Brasil.

Seu pai, Paulo Nogueira Filho era advogado formado pela USP, foi deputado federal (o segundo mais votado em São Paulo), e participou ativamente da cena política na primeira metade do Século 20. Seu avô paterno foi professor na faculdade de Direito, José Bonifácio Oliveira Coutinho.

Sua mãe, Srª Regina Sales de Oliveira Coutinho Nogueira, era integrante de uma família tradicional, requintada, bastante numerosa e influente na época. Era neta do Presidente Campos Salles e descendente de José Bonifácio - o Patriarca da Independência. Como era professora de Inglês, essa foi a primeira língua que Paulo Nogueira Neto falou. Depois aprendeu o Português, o Francês e Espanhol.

Teve um único irmão caçula: José Bonifácio Coutinho Nogueira, nascido em 3 de dezembro de 1923, que também construiu uma importante carreira pública, ocupando cargo de Secretário da Agricultura do governo Carvalho Pinto em São Paulo. Realizou empreendimentos privados nas área agrícola, no setor açucareiro e das telecomunicações (Televisão). Também preservou florestas.

Além das boas influências diretas de seus pais e irmão, Paulo Nogueira Neto tem em suas veias o sangue de grandes personalidades da história do Brasil, como: Domenico Vandelli (Naturalista Italiano), José Bonifácio de Andrada e Silva (Patriarca da Independência), Campos Salles (4º Presidente do Brasil) e José Paulino Nogueira (Coronel da Guarda Nacional, Prefeito de Campinas e empreendedor cujo nome de Paulínea foi dado a um dos principais municípios do país e vizinho de Campinas. Foi também um preservador de florestas).

Buscou honrar essa herança genética-familiar aprimorando seus talentos com muito estudo e trabalho.

Fez o curso secundário no Ginásio de São Bento, em São Paulo. Em 1937, ainda adolescente, fundou com amigos e seu irmão José Bonifácio um jornal estudantil mensal "O América". Como estudante, tomou parte ativa na luta contra a ditadura do Estado Novo. Fez o serviço militar voluntariamente, como soldado raso de cavalaria e pediu por escrito para ir no Corpo Expedicionário brasileiro, mas não foi atendido.

O final dos anos 30 e começo da década de 1940, foram marcados por graves turbulências em níveis nacional e internacional. O Brasil sofria a ditatura do Estado Novo e a 2ª Guerra Mundial eclodiu provocando conflitos sem precedência na história da humanidade.

Seu pai ficou exilado em Buenos Aires (Argentina), por sua participação na Revolução de 1932, contra o totalitarismo do governo Vargas, e o jovem Paulo rotineiramente ía visitá-lo. Durante o trajeto da viagem de avião de São Paulo, com escalas em Curitiba, Foz do Iguaçu e Assunção, ele observava as extensas áreas com florestas de araucárias sendo exploradas desregradamente, sob incentivos fiscais do Instituto Nacional do Pinho (INP), que comemorava todo ano a quantidade de pinheiros exportados para Argentina. Aquela destruição das florestas de araucárias despertou-lhe a atenção sobre a importância das Unidades de Conservação, o que ele passaria a defender arduamente nas décadas seguintes.

Nessa época de conflitos globais, a vida sentimental e profissional de Paulo Nogueira Neto seguiu por um caminho especial. Feito o serviço militar, foi freqüentando a fazenda Aretuzina do sr. Manoel Ribeiro do Valle que ele conheceria as duas maiores paixões de sua vida. O sr. Manoel tinha em sua propriedade algumas caixas de madeira, nas quais guardava algo peculiar. Ele criava abelhas sem ferrão (Meliponinae), e logo as apresentou ao jovem Paulo, que se interessou profundamente por elas. Também era pai de uma cordial e cativante jovem, Lúcia Ribeiro do Valle, com quem se apaixonaria profundamente. Eles iniciaram namoro cristão e, depois de receberem a benção de ambas famílias, se casaram.

Em 1944, Paulo Nogueira Neto casou-se com Lucia Ribeiro do Valle Nogueira, que foi sua companheira e grande incentivadora na realização de projetos, publicações e gestão política. Dessa união tiveram 3 filhos: Paulo Nogueira Júnior, Luiz Antônio Nogueira e Eduardo Manoel Nogueira; 6 netos e 5 bisnetos. Perdeu a esposa após 50 anos de casado, o que sentiu profundamente.

Em 1945, tornou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Isso o ajudou na elaboração da legislação ambiental.

Passou a usar intensamente seu tempo para a criação e pesquisas sobre o comportamento das abelhas indígenas sem ferrão (Meliponinae). Publicou diversos artigos e livros sobre o tema, tornando-se mais tarde uma sumidade no assunto. Mas também publicou livros sobre outros animais nativos.

Incentivado por sua esposa, Lúcia Ribeiro do Valle, e pelo amigo Paulo Emílio Vanzolini, fez o vestibular para História Natural na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP.

Em 1953, ingressou assim no curso de História Natural que funcionava nos porões do Palacete Jorge Street, da Alameda Glete, no Bairro da Santa Cecília. Algumas disciplinas já estavam instaladas na Cidade Universitária, no Bairro do Butantã, para onde o curso se mudou de forma definitiva tempos depois.

Em 1954, Paulo Nogueira Neto e dois amigos, José Carlos Reis de Magalhães e Lauro Travassos Filho, fundaram a Associação de Defesa da Flora e da Fauna (ADEFLOFA), hoje Associação de Defesa de Meio Ambiente – São Paulo (ADEMA-SP). Tinham como objetivo ajudar o governo do estado de São Paulo a salvar a floresta de Mata Atlântica, que naquela época ainda cobria o Pontal do Paranapanema. Tiveram lá uma vitória parcial com a proteção das matas da região do extremo leste do Estado, hoje Parque Estadual. A ADEMA-SP continua ativa até hoje, ocupando uma cadeira no Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), sendo considerada uma das entidades ambientais mais antigas do país.

Em 1959, Paulo Nogueira construiu sua residência numa chácara na região do Morumbi. O projeto da construção é bem interessante, assim como tudo em sua vida. Essa bela residência é cercada por um pequeno bosque, com arvores e palmeiras que ele mesmo plantou ou que as aves plantaram. No hall de entrada existe um gracioso mosaico do artista Aldemir Martins, representando uma abelha sem ferrão retirando o néctar de uma flor. Aos fundos da casa há uma locomotiva do tipo "maria fumaça" que foi trazida da propriedade da Usina Ester, onde era utilizada para transporte de canas e pessoas. Contudo, o mais curioso é um abrigo anti-aéreo, equipado com armários, camas, água encanada, e até uma passagem subterrânea que conduz aos fundos da quadra, para o caso de um bombardeio de aviação inimiga. A partir da 2ª Guerra Mundial houve uma proliferação da construção de prédios com abrigos para proteger seus moradores de possíveis ataques aéreos europeus, que aliás nunca chegaram a ocorrer aqui. Mas os jornais e revistas da época anunciavam com destaque os perigos da guerra. A residência do Dr. Paulo Nogueira Neto preserva esse abrigo anti-bombas, que é considerado uma raridade entre as edificações residencias no nosso país. É um resquício dos sentimentos e preocupações que permeavam a sociedade brasileira no período da Guerra Fria. Inclusive sua residência, em razão de sua beleza e singularidade, já foi alvo de estudos por pesquisadores do curso de Arquitetura da USP.

Em 1961, inicia sua carreira universitária, auxiliando o Prof. Dr. Walter Narchi nas aulas sobre Vertebrados. Como professor da USP foi galgando sucessivos postos, por concurso, construindo uma carreira de destaque.

Em 1963, defendeu sua Tese de Doutoramento sobre a arquitetura dos ninhos das abelhas sem ferrão.

Em 1966, assumiu o cargo de Presidente do Conselho de Parques e Jardins da Cidade de São Paulo. No ano seguinte, acumulou outros dois cargos importantes: a Presidência do Conselho Florestal do Estado de São Paulo e a Presidência do Grupo de Trabalho dos Parques do Estado de São Paulo.

Em 1968, Dr. Paulo Nogueira Neto liderou cerca de 30 profissionais na fundação da Associação Paulista de Biologistas (APAB). Paulo Emílio Vanzolini, Carlos Eduardo de Mattos Bicudo, Erica Schlenz, foram alguns dos professores que participaram como co-fundadores desta entidade, cujo principal objetivo era a conquista da regulamentação da profissão de Biólogo.

Em junho de 1972, acontece em Estocolmo a 1ª Conferência sobre Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas (ONU), fazendo repertucir no governo brasileiro a necessidade de ações nessa temática.

Em novembro de 1973, o Secretário-geral do Ministério do Interior Henrique Brandão Cavalcanti, que fora um dos integrantes da comitiva brasileira em Estocolmo, apresenta ao Dr Paulo Nogueira a legislação recém-aprovada de criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA). Ele criticou aquele projeto de lei por considerá-lo fraco, pois não dava poderes de polícia para multar e punir os agressores ao meio ambiente. Para sua surpresa, ao final daquela conversa, Henrique Brandão Cavalcanti lhe convida para conduzir a SEMA. Mesmo sendo um ótimo convite, ele ficou de dar a resposta posteriormente, após ouvir a opinião de sua esposa. Quem conhece a história de Dr. Paulo sabe bem que o seu sucesso não teria sido tão grandioso, se não tivesse o amor e apoio constantes de sua amada Lúcia.

Em 1974, mudaram-se para o Planalto Central, onde ele assumiu a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), cargo que exerceu por doze anos e meio, em vários governos.

A SEMA criou e estabeleceu 3 milhões e duzentos mil hectares em 26 Estações Ecológicas (ESEC), além de diversas Áreas de Proteção Ambiental (APA) e Áreas de Relevante Interesse Ecológico (ARIE).

Estabeleceu intensa parceria com órgãos federais, como IBDF, IPHAN, FUNAI, IPEA, internalizando na gestão pública noções de planejamento ambiental. A princípio o IBDF não gostou de uma possível concorrência, mas depois até se fundiu com a SEMA.

Paulo Nogueira Neto se mostrava um ótimo gestor, pois mantinha fortes relações com os membros do governo, além de ser amigo também de líderes oposicionistas. Essa ampla base de relações, permitiu-lhe um grande feito: a criação da Política Nacional de Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81), única lei da época aprovada quase unanimemente pelo governo e pela oposição.

Viajou pelo Brasil, incentivando a criação de órgãos ambientais em todos os Estados, como etapa importante para o fomento da cultura ambiental entre nós. Coleciona inúmeras estórias pitorescas dessa viagens. Certa vez, na falta de outro avião melhor, alugou um avião garimpeiro monomotor para viajar de Manaus a Roraima. Em certo momento o avião deu umas falhadinhas. Sugeriu voltar a Manaus, mas o piloto lhe disse: "- O senhor não se preocupe, pois este avião às vezes dá umas falhadinhas". E foram assim até Roraima!

Foi o idealizador do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que se tornou um gigantesco parlamento ambiental brasileiro, com representantes de diversos setores do governo federal, órgãos estaduais, empresas e sociedade civil organizada.

Uma curiosidade: O jornalista Rogério Marinho (1919-2011), um dos fundadores da Rede Globo, era grande amigo do Dr. Paulo Nogueira Neto, e contribuiu significativamente com os trabalhos da SEMA, disponibilizando espaço constante em veículos de comunicação para temas ambientais relevantes. Os dois juntos fizeram diversas viagens em pequenos aviões com o objetivo de identificar áreas que pudessem ser transformadas em reservas ambientais, passando pelos sertões, o Pantanal e a Amazônia. Rogério Marinho participou do grupo que trabalhou pela criação da APA-Petrópolis, em 1982, conhecida como uma das primeiras Áreas de Proteção Ambiental do país. Entre 1984 e 1989, atuou intensamente como conselheiro do CONAMA.

Como convicto pacifista, Paulo Nogueira utilizou seu cargo de Secretário Especial, por meio de diferentes estratégias bem pensadas, para convencer a alta cúpula do governo militar sobre os perigos do uso da energia nuclear para fins bélicos. Os generais e seus assessores ouviam atentamente as suas sugestões, chegando a incorporar suas ideias em setores estratégicos, desfazendo 7 usinas nucleares que já estavam em construção na Área de Proteção Ambiental da Juréia, ao sul de São Paulo, permitindo um acordo não-escrito com a Argentina.

No final dos anos 70, havia uma enorme preocupação com a poluição nos centros urbanos, por causa da crescente frota de veículos urbanos e das áreas indústrias em expansão pelos incentivos fiscais do governo militar.

Enquanto todos estavam preocupados com a poluição do ar, o Dr. Paulo Nogueira Neto dava várias entrevistas e enfatizava em suas palestras sobre a necessidade de cuidados com o uso da água. Como um "Profeta da Ecologia", ele alertava que, caso não fossem tomadas as medidas preventivas, São Paulo, Rio de Janeiro e outras grandes cidades viveriam escassez de água. Muitos não acreditavam naquilo. Como pode o Brasil, considerado o mais rico em água do mundo, passar por racionamento de água??? questionavam os céticos. Essa capacidade de antever situações e propor ações inovadoras eram fatores de agregação entorno do Dr. Paulo Nogueira Neto e sua equipe, auxiliando na sobreposição de obstáculos, conquistando cada vez mais seguidores.

Em 1977, foi um dos fundadores do Departamento de Ecologia do Instututo de Biociências da Universidade de São Paulo (IBUSP). Durante diversos anos deu cursos sobre o comportamento dos animais sociais, mudanças climáticas e ecossistemas terrestres.

Em 1980, defendeu sua Tese de Livre Docência sobre aves, cujo estudo tinha sido concluído após anos de coleta de dados em lugares inusitados, como hotéis belle époque da Europa e saguões de aeroportos. Outra curiosidade: na sua banca de avaliação estava o Dr. José Tundisi, que fora seu aluno nos anos 70, caso único até então registrado na USP, de aluno e mestre se encontrarem em funções opostas e amigas.

Em 18 de outubro de 1983, o Conselho Federal de Biologia (CFBio) foi instalado sob a Presidência do Prof. Paulo Nogueira Neto por ato de nomeação da Portaria Ministerial nº 3.137, de 19 de setembro de 1983, constituído por 10 conselheiros titulares e 10 suplentes, pelo prazo de 4 anos. Em seguida, foi reeleito para novo quadriênio.

O trabalho de Paulo Nogueira Neto foi coroado com sua inclusão na importante Comissão Brundtland de Meio Ambiente e Desenvolvimento, designada pela ONU e sob a presidência da 1ª Ministra da Dinamarca, Gro Brundtland, que resultou no livro "O Nosso Futuro Comum" e de onde surgiu a expressão "Desenvolvimento Sustentável".

Essa Comissão foi responsável pelos preparativos da 2ª Conferência da ONU, a Eco-92 realizada no Rio de Janeiro, e consolidou a nova posição do Brasil sobre o tema Meio Ambiente.

Foi 2 vezes eleito Vice-Presidente do "Programa O Homem e a Biosfera" (MAB) da UNESCO, com sede em Paris. Exerceu a Presidência desse Programa na Sessão de 1983.

Falando de uma forma calma e bastante amável, Dr. Paulo disseminava suas idéias e propostas influenciando desde os mais simples atés as mais altas autoridades do país. Foi assim que o recém-eleito Presidente da República, Tancredo Neves, determinou a criação do Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (MDU), o que se efetivou pelo Decreto nº 91.145, de 15 de Março de 1985, através da posse do Vice-presidente José Sarney.

Ao sair da SEMA, em julho de 1986, Paulo Nogueira Neto já era uma das figuras brasileiras mais proeminentes na área de Ecologia. Um professor, cientista e técnico político, cuja trajetória é associada ao despertar da consicência, conservação e preservação ambiental no Brasil.

Contudo, sua contribuição não parou, pois ele continuou trabalhando e produzindo resultados significativos. Durante quase 2 anos foi Secretario de Meio Ambiente do Distrito Federal, organizando e dirigindo a SEMATEC. Criou e implantou a APA de Cafuringa, no DF.

Em 1988, acompanhou os trabalhos da Constituinte, especialmente sobre o Capitulo de Meio Ambiente (Artigo 225), cujo líder era o Deputado Fabio Feldmann.

Em 1989, viu o surgimento do IBAMA, pela fusão de quatro entidades federais: a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), Superintendência da Pesca (SUDEPE) e Superintendência da Borracha (SUDHEVEA).

Em 1992, Paulo Nogueira Neto se aposenta da USP, mas continuou durante vários anos orientando pesquisas em nível de doutorado.

Em 1993, iniciou um magnífico trabalho de proteção à vida de seringueiros e castanheiros na região de Xapuri-Brasileia-Epitaciolândia e outras áreas próximas no Estado do Acre. Patrocinou a criação da Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Seringal Nova Esperança, com o objetivo de proteger as plantas necessárias às atividades de coleta de castanha e extração de látex vegetal. Doze anos depois, fundou a ONG, a “Ação Social e Ambiental São Quirino” (ASAQUI), para auxiliar dezenas de familias da região.

Em 1995, teve que superar a perda de seu maior amor, sua esposa Lúcia Ribeiro do Valle Nogueira. No entanto, mesmo ausente fisicamente sua essência ainda o acompanha diariamente, em tantos coisas boas que partilhavam juntos, na profissão de fé, na preocupação constante no auxílio aos mais carentes, nos hábitos simples, no cultivo das tradições de família, na preservação dos laços afetivos com filhos, netos e amigos, em celebrações, jantares especiais, com muitas recordações, risos, estórias etc.

Em abril de 1999, recebeu a Ordem Nacional do Mérito Científico, no grau de Grã Cruz, no Palácio do Planalto. É a maior distinção ambiental brasileira oficial.

Em 18 de julho de 2000, pôde comemorar a aprovação da Lei nº 9.985, estabelecendo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC).

Em 2001, numa bonita cerimônia recebeu o titulo de Professor Emérito da USP.

Em 2007, viu na criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) a consolidação de uma extensa luta iniciada nos anos 70, quando ele e diversos ambientalistas (Alceo Magananini, Ibsen Gusmão, Maria Tereza Jorge Pádua, Renato Petry Leal etc.) almejavam o surgimento de uma entidade exclusiva para a gestão das Unidades de Conservação.

Em 3 de junho de 2009, aconteceu no auditório da sede do IBAMA em Brasília um esplendoroso evento de comemoração dos 20 anos do Instituto. Nessa data, recebeu a “Medalha de Mérito Ambiental” por suas contribuições ao desenvolvimento do ambientalismo brasileiro.

Em 2010, publicou seu livro "Trajetória Ambientalista", uma obra extensa, com mais de 800 paginas, registrando de forma criteriosa sua rotina diária, ofertando um vastíssimo registro dos bastidores do ambientalismo nacional.

Em 2012, ingressou na Academia Paulista de Letras, na Cadeira nº 10.

Nos últimos 60 anos, Paulo Nogueira Neto tem fundado, participado e influenciado um sem número de entidades governamentais e da sociedade civil organizada na construção da agenda ambiental.

Paulo Nogueira Neto é membro do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e da sua Câmara Técnica de Unidades de Conservação; ex-membro do Conselho do Meio Ambiente (CADES) da Prefeitura do Município de São Paulo; membro do CONSEMA (Conselho Estadual do Meio Ambiente); membro do Conselho de Administração da CETESB; ex-Assessor do Programa de Educação Ambiental do Ministro da Educação; Vice-Presidente da S.O.S - Mata Atlantica; 1º Vice Presidente da W.W.F-Brasil; Presidente da ADEMA-SP (Associação de Defesa do Meio Ambiente); ex-Presidente da Comissão para Implantação da APA Capivari-Monos (SP); ex-membro do Board do World Resources Institute; Vice Presidente do International Bee Research Association; ex-membro do International Advisory Group do PPG7 (assessor do World Bank); Presidente da Fundação Florestal do Estado de São Paulo. É membro e foi um dos fundadores da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE)

É cidadão honorário de Itanhaém (SP), Aiuaba (CE), Brasília (DF), Luziana (GO), Cosmópolis (SP).

No começo de sua jornada, os interessados em meio ambiente cabiam numa Kombi. Hoje já há uma consciência não só brasileira mas mundial, e certamente que essa mudança se deve em grande medida à sua contribuição.

Recebeu mais de uma centena de homenagens e condecorações, incluindo o Prêmio Paul Getty, a principal láurea mundial no Campo da Conservação da Natureza, e o Prêmio Duke of Edinburgh 1997 da WWF Internacional.

Por tão extensa e valorosa carreira é reconhecido por inúmeros títulos: Amante das Abelhas, Grande Defensor da Fauna e Flora, Advogado da Natureza, Pioneiro da Conservação Nacional, Pai dos Biólogos, Defensor do Verde, Rei da Ecologia, Decano do Movimento Ambientalista do Brasil, Doutor Natureza, Mestre da Ecologia, Lenda Viva do ambientalismo etc.

Paulo Nogueira Neto reúne em sua belíssima biografia inumeráveis valores, princípios e conquistas. Republicano, federalista, democrático, intelectual, cientista, criacionista, idealista, pacifista, conciliador, solidário, bondoso, honesto, amante da natureza e das pessoas são alguns adjetivos que fazem parte de sua trajetória.

Como um fervoroso Cristão, Paulo Nogueira Neto dedicou sua vida para fazer a diferença, pautando seus feitos nos ensinamentos bíblicos. Quem o conhece sabe que foi sua devoção aos Céus que direcionou suas ações, fazendo-o seguir intensamente o 1º Mandamento do Criador ao casal Adão e Eva: cuidar e manter em bom estado as plantas e animais do Jardim do Éden.

Paulo Nogueira Neto buscou por meio de atitudes e palavras demonstrar os fundamentos do Cristianismo, mostrando que, na imagem bíblica do Paraíso, os primeiros homens eram os guardiões do Jardim do Éden, não os seus destruidores. Assim, nesse mesmo espírito, foram cada um dos seus passos, honrando esses princípios e verdades, tornando-se uma sumidade na ecologia e motivo de satisfação para todos ambientalistas do Brasil e do mundo.

Perto de completar 94 anos, Paulo Nogueira Neto nos inspira com seu maravilhoso exemplo de vida profissional, familiar e pessoal.

Paulo Nogueira Neto manifestou sua fé e seu profundo amor à Deus em tudo que fez, sempre como um defensor da natureza e, acima de tudo, sabendo valorizar, respeitar e amar o ser humano!!!

Paulo Nogueira Neto: um verdadeiro Guardião do Éden!!!

BIBLIOGRAFIA:

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Palmas - TO, Março de 2016.

Giovanni Salera Júnior

E-mail: salerajunior@yahoo.com.br

Curriculum Vitae: http://lattes.cnpq.br/9410800331827187

Maiores informações em: http://recantodasletras.com.br/autores/salerajunior

Giovanni Salera Júnior
Enviado por Giovanni Salera Júnior em 02/03/2016
Reeditado em 04/07/2021
Código do texto: T5561404
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