Biografia do Ambientalista WERNER EUGÊNIO ZULAUF
Werner Eugênio Zulauf é um engenheiro civil e sanitarista que se consagrou como um grande idealista, consultor e gestor público, realizando significativos trabalhos em prol das políticas públicas de urbanização, melhoria das condições saneamento e proteção dos recursos naturais brasileiros!!!
A história da família Zulauf é cheia de fatos e personalidades marcantes, muitos dos quais já eternizados em registros genealógicos interessantes, com destaque para seus próprios genitores.
Seu pai, Ernesto Walter Zulauf, nasceu em Cantão de Berna na Suíça, filho de fabricantes de queijo. Era o caçula e único varão, com três irmãs: Marichen, Lídia e Lina. Formou-se na cidade de Frauenfeld, em curso equivalente ao técnico em contabilidade e comércio. Devido à proximidade, os moradores dessa região adotam como idioma oficial o Alemão, além de partilharem costumes e tradições com os vizinhos germânicos.
Desde a juventude demonstrava seu espírito aventureiro, escalando com seus amigos as montanhas dos Alpes Suíços, esporte bastante praticado por jovens e adultos. Sua família tinha boas condições financeiras, podendo assim proporcionar-lhe uma viagem à longínqua América do Sul.
Deixou a Europa, em 1921, com apenas vinte cinco anos de idade, embarcando num navio na belíssima cidade italiana de Gênova, com destino à Buenos Aires (Argentina). De lá viajou de trem até o Brasil, permanecendo temporariamente no Rio Grande do Sul, prosseguindo em busca de colônias alemãs de Santa Catarina. Em terras brasileiras encontrou o grande amor de sua vida, a descendente de imigrantes alemães Emma Roesler, terceira filha do casal Otto e Maria Roesler, irmã de seis rapazes e quatro moças.
Em 19 de fevereiro de 1927, Ernesto Walter Zulauf e Emma Zulauf se casaram, em São Bento do Sul, região do planalto norte de Santa Catarina. Começaram a vida unindo seus esforços e talentos, tornando-se mais tarde bem-sucedidos comerciantes locais.
Ernesto Walter já tinha se firmado como pintor, tendo aperfeiçoado o método de pintura denominado Chaplonas, que lhe garantia clientela cativa. Empregava essa técnica para embelezar residências e inúmeras igrejas da região. Emma era filha de comerciantes, e cedo aprendeu as habilidades necessárias para compra e venda. Juntos fundaram um comércio de tintas, colas, abrasivos, pincéis etc. Nos anos seguintes ampliaram os negócios da “Casa de Tintas W.Zulauf”, incorporando ferragens e material de construção. Décadas depois se consagraram como grandes empreendedores, anexando ao comércio uma loja de móveis, um comércio de bebidas e um comércio de produtos alimentícios, entre outros.
O casal teve cinco filhos: Heinz, Armim, Werner, Egon e Rolf, que foram se incorporando desde cedo nas atividades e projetos da família. Todos eles herdaram traços de ousadia e empreendedorismo de Ernesto e Emma Zulauf, especialmente o quarto filho: Werner Eugênio Zulauf, nascido em 26 de outubro de 1936.
Seus pais se esforçaram para que os filhos estudassem. Todos concluíram o ensino primário em São Bento do Sul. Por serem os filhos mais novos, Werner e seu irmão caçula Rolf tiveram condições de prosseguir os estudos, indo morar em Curitiba (Paraná), em 1949, onde concluíram o ginasial e o científico no Colégio Estadual.
Em 1954, serviu ao Exército na 5ª Região do Comando Militar de Curitiba, recebendo treinamentos e cumprindo atividades durante oito meses. Após aquele período, foi aprovado como 2º Tenente, no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR). A formatura foi motivo de grande comemoração para a família Zulauf. Seus pais e irmãos compareceram exultantes de alegria na cerimônia de recebimento do espadim - espada símbolo de honra e conquista do Exército brasileiro.
No ano seguinte, passou no Vestibular de Engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Foi o primeiro de sua casa a ingressar num curso superior.
Após se formar, em 1960, Werner Zulauf foi contratado pela Fundação do Serviço Especial de Saúde Pública (FSESP), indo trabalhar no Nordeste.
A Fundação SESP originou-se do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), agência bilateral criada pelo Presidente Getúlio Vargas, em 17 de julho de 1942, em cooperação com o Institute of Interamerican Affairs do Governo Americano no contexto da 2ª Guerra Mundial. Era subordinada ao Ministério da Educação e Saúde e tinha como objetivo implantar ações de combate à malária e outras endemias nas áreas de extração da borracha, na Amazônia, e de minérios, no vale do rio Doce, regiões estratégicas para os esforços de guerra.
Nos anos 60, a Fundação SESP sofreu mudanças, passando a ser financiada apenas pelo governo brasileiro por meio do Ministério do Interior e ampliando sua atuação para todo território nacional, bem como em nível municipal, através de contratos de construção de sistemas de abastecimento de água e de tratamento de esgotos. Foi nesse contexto que Werner Zulauf atuou na execução da política nacional de saneamento nos estados de Alagoas e Sergipe – este último marcando sua vida de maneira profunda, pois foi em Aracaju que ele conheceu a psicóloga Maria Arielze Rabelo Zulauf, com quem teve quatro filhos: Klaus Walter, Mark Rudolf, Frank Werner e Erika Katarina Zulauf.
Em 1966, retornou para Santa Catarina como Diretor Regional de Obras da Fundação SESP, sendo responsável pela implantação de sistemas de tratamento de água e esgoto em dezenas de cidades. Essa fase de grandes obras e ampliação da infraestrutura ficou conhecida como “milagre econômico brasileiro”.
Por meio desse trabalho na Fundação SESP, Werner conheceu bastante da realidade do país, vendo de perto as condições de milhares de famílias nos rincões vivendo em moradias precárias, sem acesso a água potável, energia elétrica, esgoto, sujeitas à doenças e males diversos. Desse seu convívio, adquiriu enorme senso de justiça, tornando-se um grande defensor das causas humanistas e socioambientais.
Em 1972, mudou-se para São Paulo para trabalhar no Centro Tecnológico de Saneamento Básico (CETESB). Além de atuar como técnico na elaboração de projetos e coordenando equipes na implantação de obras importantes, Werner Zulauf era um ótimo articulador de parcerias com instituições públicas e privadas, além de se destacar na proposição de leis e normas relativas às questões ambientais e sanitárias.
Em agosto de 1973, tomou posse o Prefeito de São Paulo, Miguel Colasuonno, que o convidou para o cargo de Secretário de Serviços Municipais, que à época era responsável pela Companhia Municipal de Gás (COMGÁS), além de inúmeras ações relevantes: iluminação pública, manutenção de parques e praças, obras de saneamento, limpeza urbana, administração dos cemitérios etc.
Apoiou a aprovação da Lei Municipal nº 8.001, de 24 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o uso e a ocupação do solo. Werner Zulauf sabia bem que para resolver os problemas de saúde pública e impactos ao meio ambiente deviam ser executadas ações e programas de ordenamento do espaço urbano, o que exigia integração do setores públicos e privados com os segmentos organizados da sociedade civil.
Em 1974, Werner Eugênio Zulauf marcou história ao inaugurar o primeiro crematório municipal do Brasil, na Vila Alpina; e o primeiro aterro sanitário, no Bairro Lauzane Paulista.
Tinha uma ampla bagagem técnica, mas nunca trabalhou sozinho. Em razão dessas características de liderança e atuação coletiva, conseguia agregar enorme número de simpatizantes e admiradores. Foi nesse espírito que ele firmou a primeira parceria para o tratamento de resíduos entre municípios e o governo estadual.
Além de Secretário de Serviços Municipais, acumulou a função de coordenador do Grupo Executivo da Grande São Paulo (GEGRAN), liderando um conjunto de competentes técnicos na elaboração de estudos e projetos que deram origem ao “Sistema de Planejamento Metropolitano no Estado de São Paulo” (SPAM), em 1975.
Nessa época, um acordo firmado entre os Ministérios do Interior e da Saúde, a administração dos sistemas de água e do esgoto para os municípios deixou de ser atribuição federal (através da Fundação SESP), sendo transferida para as Companhias Estaduais de Saneamento. Esse aumento de responsabilidades exigia um profissional qualificado. Assim, o govenador Paulo Egydio Martins convidou-lhe para retornar à CETESB, onde ocupou o cargo de Diretor de Águas e Solo, de 1976 a 1979. Realizou importantes ações contando com apoio de técnicos gabaritados, tais como: Antonio Claret Consoli, Bartholomeu Ferez Cruz, Cacilda Jiunko Aiba, Ernesto Werner Fredricksson, Federico Jimenez Roman, Ivan Ronaldo Horcel, João Ruocco Jr., Luizmar Chaves Seabra Pereira, Renato Amaral, Roberto Godinho, entre outros.
Foi idealizador da Diretoria de Tecnologia de Resíduos Sólidos (DTRES), promovendo parceria com a Associação Brasileira de Limpeza Pública (ABLP) na realização do primeiro curso por correspondência para qualificação de chefes, administradores, engenheiros e técnicos da CETESB.
Em 1976, Werner Zulauf já lutava pela despoluição do rio Tietê, além de propôr medidas de controle da qualidade do ar e uso racional das fontes hídricas. Foi um dos primeiros a alertar a sociedade paulistana, dizendo que o desperdício e a falta de investimentos levariam a crise de abastecimento de água na cidade de São Paulo.
Ao lado dos Engenheiros Nelson Nefussi e Dante Ragazzi Pauli, foi responsável pela organização da Lei Estadual nº 997, de 31 de maio de 1976, que trata do Controle da Poluição do Meio Ambiente. Essa legislação pioneira inspirou mais tarde a aprovação da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal nº 6938/81).
Sempre pautou sua atuação profissional valorizando a qualificação e inovação. Manteve estreita relação com pesquisadores e estudiosos das áreas de saúde, engenharia, saneamento e meio ambiente, especialmente da Universidade São Paulo (USP) e da recém-criada Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA), órgão antecessor do IBAMA dirigido pelo renomado Dr. Paulo Nogueira Neto.
Nessa época, fez Pós-graduação em Saúde Pública pela USP, tornando-se Engenheiro Civil e Sanitarista.
Em meados de 1979, passou a usar sua experiência profissional como consultor de empresas.
Em 1982, introduziu no Brasil a concepção de Aterros Sanitários Urbanos direcionados à produção controlada de biogás, com emprego à geração de energia elétrica. Desde então, foram implantados em todo país várias destas usinas geradoras de energia, contempladas pelo Programa de Incentivos às Fontes de Energia Renováveis (PROINFA), cujas instalações propiciam geração de eletricidade, além de divisas referentes aos Créditos de Carbono.
Nessa linha de atuação, Werner Zulauf patenteou um “Sistema energético-ambiental de gás bioquímico (GBQ) de lixo constituído de captação, transporte, condensação, sucção, tratamento e aproveitamento de biogás emanado de aterros”.
De 1983 a 1986, na gestão de Franco Montoro, primeiro governador eleito em São Paulo após o período da Ditadura, Werner assumiu a presidência da CETESB, na verdade com status de Secretário, embora essa fosse vinculada à Secretaria de Obras e Saneamento. Ainda não havia uma Secretaria de Meio Ambiente e muito menos um Conselho Estadual de Meio Ambiente.
Entre os desafios estava o Pólo Industrial e Petroquímico de Cubatão, que durante o período da Ditadura era considerada uma área de segurança nacional e como tal havia enorme dificuldade para a instituição de controle ambiental do Estado (a CETESB) agir e promover ações de controle ambiental. Com a eleição do primeiro governador democraticamente e a criação do Programa de Controle Ambiental da Poluição Industrial de Cubatão isso começou a mudar. Até porque com os novos tempos, a imagem do País no exterior, com cidades como Cubatão, considerada então a mais poluída do mundo, com o nascimento de crianças com má formação anencefálica, não era um bom cartão de apresentação para o país que agora procurava trilhar o caminho da democracia.
Assim, o Programa de Controle da Poluição Ambiental de Cubatão foi um enorme desafio, contando com a desconfiança da imprensa, da comunidade científica e dos políticos de oposição ao governo democrático de Franco Montoro. Mas, Werner assumiu a tarefa e lá foi promovido um amplo levantamento das fontes primárias da poluição do ar, solo e água (contabilizou-se mais de 300 fontes importantes a serem controladas). O Programa começou com resistência por parte das indústrias que, desacostumadas a tal prática, procuraram retardar sua implantação, contestando a ação do governo do Estado. Contudo, os tempos eram outros e o programa foi lançado com pompa e circunstância e, após amplo e profundo diagnóstico, foi aprovado o cronograma de controle das fontes primárias. Trimestralmente Werner Zulauf e equipe desciam à Cubatão e na Câmara Municipal faziam apresentação do balanço da evolução do controle ambiental em cada um dos 23 complexos industriais, inclusive os potentados estatais como a Petrobrás e a Cosipa. E assim foi feito durante todo o período que Werner esteve à frente da CETESB.
Esse trabalho, sem dúvida, representa uma das páginas mais importantes do controle ambiental no Brasil. Através de um programa de comunicação e informação permanente, os veículos de comunicação, as empresas e demais atores envolvidos eram continuamente informados tornando o processo mais transparente e eficaz. Assim, o programa teve enorme repercussão internacional, projetando Werner e sua equipe como grandes técnicos na área ambiental.
No final de 1983 ocorreu o rompimento e explosão de um oleoduto da Petrobrás, causando uma grande tragédia com um incêndio do Bairro de Vila Socó, cuja população remanescente seria no futuro remanejada para um programa habitacional na Vila Natal. Mais tarde, em 1985, novas manifestações da situação crítica ambiental no polo industrial de Cubatão, conhecido como o Vale da Morte, ocorreram na forma de gigantescos escorregamentos de lama e pedras da Serra do Mar, cuja cobertura vegetal havia sido mortalmente atingida pelas emissões descontroladas das indústrias, em especial no Vale do Rio Moji. Esses escorregamentos atingiram pátios e instalações das próprias indústrias.
Para solucionar esse grave problema, o governador Franco Montoro constituiu uma Comissão Especial para a Restauração da Serra do Mar na região de Cubatão, presidida por Werner Eugênio Zulauf. Foram tomadas medidas emergenciais, de médio e longo prazo, incluindo o controle da poluição atmosférica e ações de recuperação da vegetação. Em parceira com o Instituto de Botânica da USP foram realizados plantios em 200 áreas afetadas, e a CETESB estruturou um laboratório para desenvolvimento de diversos trabalhos de diagnóstico ambiental no entorno de áreas industriais (solo e vegetação), de biomonitoramento com espécies vegetais e de recuperação de áreas degradadas.
Foi Zulauf quem coordenou a elaboração do Programa de Controle da Poluição Veicular (PROCONVE) dentro da CETESB, que foi aprovado em maio de 1986 pelo CONAMA, e completou 30 anos em 2016.
Em 1987, Werner Zulauf mudou-se para Florianópolis, a convite do governador Pedro Ivo Campos, onde exerceu os cargos de Presidente da Fundação de Meio Ambiente (FATMA) e Secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (SEDUMA), de Santa Catarina.
Nesse período, realizou uma viagem ao estado do Acre, para conhecer pessoalmente o líder seringueiro Chico Mendes, em Xapuri. Levou consigo seu filho Mark Rudolf. Após aquela experiência junto às comunidades extrativistas no interior da floresta amazônica, eles retornaram cheios de vontade de lutar pela causa ambiental.
Em janeiro de 1990, o presidente Fernando Collor de Melo nomeou o renomado ambientalista José Antônio Lutzenberger a frente da Secretaria Especial de Meio Ambiente vinculada à Presidência da República (SEMAM/PR), e o Engenheiro Sanitarista Werner Eugênio Zulauf na presidência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
A gestão do Presidente Fernando Collor foi bastante tumultuada. Ele não tinha experiência administrativa, nem tampouco possuía laços políticos em âmbito nacional. Collor convidou muitos de seus Ministros, Secretários e Diretores sem conhecê-los pessoalmente, levando em conta apenas seu histórico profissional veiculado na mídia ou por opinião de terceiros. Também não possuía um plano de governo que pudesse unir tantos profissionais distintos em torno de objetivos comuns. Assim, surgiram rapidamente conflitos entre membros de sua equipe. O ambientalista José Lutzenberger foi nomeado com a missão de organizar os preparativos da Conferência ECO 92, e ao mesmo tempo apoiar as ações do IBAMA. Essa duplicidade de funções acabou gerando atritos. Fatos semelhantes ocorreram em outras áreas do governo, produzindo severas crises administrativas e políticas, até o desfecho do Impeachment.
Mesmo tendo uma passagem rápida pela presidência do IBAMA, Werner Eugênio Zulauf deixou uma significativa contribuição. O jornalista Claudio Savaget e sua esposa Elza Kawakami tinham um projeto de programa que foi levado a Rede Globo, que teria o título “Verde Globo”. Infelizmente, o projeto foi rejeitado pela cúpula da emissora.
Com a chegada de Werner à presidência do IBAMA, o projeto ganhou apoio do Instituto e de outras duas entidades (Fundação Roberto Marinho e WWF). Das 15 primeiras edições, o IBAMA financiou 10 e os outros 5 episódios tiveram seus custos arcados pela WWF. Poucas pessoas sabem, mas pela união de esforços do IBAMA, com o setor empresarial e uma ONG ambientalista surgiu o Globo Ecologia, tornando-se o primeiro programa abordando exclusivamente a temática ambiental.
Com a saída inesperada de Werner Zulauf da presidência do IBAMA, o Engenheiro Florestal José Carlos Carvalho assumiu seu posto. Muitos servidores ficaram tristes, pois desejavam sua permanência acreditando que ele poderia contribuir bastante para fortalecimento da autarquia.
Assim que deixou Brasília, foi assessorar o Prefeito de Joinville (Santa Catarina), Luiz Gomes, na criação da Fundação Municipal de Meio Ambiente (FUNDEMA).
Em abril de 1992, recebeu um convite do Ministro do Meio Ambiente, José Goldemberg, para retornar ao IBAMA, dessa vez como Diretor de Recursos Naturais (DIREN), quando lançou o Programa SEMEAR (SEMEntes + ÁRvores) envolvendo as escolas no trabalho de reflorestamento.
Nesse período, teve que superar a perda de seu filho primogênito, Klaus, num trágico acidente de motocicleta.
Em outubro de 1993, foi convidado pelo Prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, para assumir o cargo de Secretário do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), pasta que liderou por seis anos, desde a sua criação e durante os governos de Paulo Maluf e dois anos na administração de Celso Pitta, introduzindo na gestão pública do município de São Paulo, definitivamente a pauta ambiental. Acumulou também a presidência do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CADES), até dezembro de 2000.
Contou novamente com a ajuda de uma equipe multidisciplinar de técnicos competentes, sem esquecer da comunicação como ferramenta importante para dar visibilidade e transparência das ações nesse projeto de grande envergadura. Afinal, criar, implantar e desenvolver uma Secretaria do Meio Ambiente na megalópole paulistana foi uma iniciativa de tal magnitude comparada ao que foi o Programa de Controle da Poluição Industrial de Cubatão, salvadas as diferenças e os desafios de cada um dos casos. O sucesso dessa empreitada, inclusive, foi reconhecida mais tarde pelo então prefeito Paulo Maluf, confessando que não imaginava que a Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA), teria tantos desafios como aqueles que Werner apresentava ao prefeito, que certamente atirou no que viu e acertou no que não viu. Daí, com a estruturação da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, enfatizando já em seu nome o propósito de cuidar e incrementar o verde na cinzenta cidade de São Paulo, já demonstrava o desafio e os problemas que a administração deveria enfrentar.
Mas não foi só isso, assumir o licenciamento ambiental no município, foi uma das páginas mais instigantes porque mexeu com a zona de conforto do licenciamento ambiental instalado no governo do Estado, leia-se, primeiro na CETESB e depois em órgãos vinculados à já nascida e criada Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Em especial porque o licenciamento ambiental na SVMA veio para dar conta de instalar na cidade de São Paulo de estruturas destinadas a tratar os resíduos sólidos, tendo em vista que os aterros de lixo estavam à beira de sua exaustão, e havia necessidade de dotar a cidade com estruturas industriais, complexas que dessem conta de ao mesmo tempo destruir as montanhas de lixo geradas diariamente, como também gerar energia a partir do lixo. Era o programa denominado pelo Werner de Macrorreciclagem do Lixo de São Paulo, um conceito introduzido tendo em mente a instalação de usinas de destruição térmica do lixo com geração de vapor e energia elétrica; aterros para a parte orgânica do lixo com o aproveitamento do biogás de metano e sua transformação em energia elétrica e uma forte componente de reciclagem dos resíduos que não fossem incinerados.
Na componente ambiental destinada ao incremento do verde, criou o programa "Um Milhão de Árvores", um ousado programa de arborização urbana, nas vias públicas.
A criação do CADES - Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável, coerente com as necessidades e exigências de participação da sociedade civil nas decisões ambientais e licenciamentos, é outra página importante. Órgão auxiliar das ações da SVMA e seus departamentos de Controle Ambiental, Departamento de Parques e Áreas Verdes (uma antiga estrutura da Prefeitura de São Paulo, que foi incorporado pela Secretaria) e um Departamento de Planejamento e Educação Ambiental.
Definitivamente uma estrutura dedicada à causa ambiental completa, complexa que o prefeito Paulo Maluf não imaginava. Werner como especialista no tema propos e ofereceu para a cidade de São Paulo uma estrutura à altura dos problemas da metrópole.
Muitos dos programas semeados durante a gestão de Werner ainda hoje produzem seus efeitos, continuam atuais: Projeto Ciclista; Programa de Controle da Poluição Veicular (no momento desativado pela administração do prefeito Fernando Haddad, em claro prejuízo para a saúde pública), Programa de Criação de Parques Públicos; geração de gás de lixo, entre outros.
Cubatão e São Paulo foram dois grandes projetos na vida do engenheiro Werner Zulauf, mas também para a história do controle e gestão ambiental no Brasil. Ele era determinado em suas ações, deliberações. Um gestor público ambiental que buscava resultados positivos, sem se intimidar com as dificuldades e obstáculos. Essa foi uma característica marcante presente em toda sua vida!
Em 1995, lançou o livro “A ideologia verde e outros ensaios sobre meio ambiente”, que reúne dezenas de textos veiculados em vários periódicos da imprensa nacional. Werner sempre foi um homem muito atento às questões políticas, à importância da comunicação e por esse motivo mesmo sempre ocupou espaços da mídia com os seus artigos, debatendo os temas quentes da pauta ambiental. Isso pode ser conferido e apreciado na leitura do livro que reúne seus artigos tratando de temas como a Política Ambiental e Amazônia; Efeitos globais das poluições e o Projeto Floram - Florestas e Ambiente; Billings, Cubatão e Baixada Santista; Lixo; Reminiscências de Santa Catarina, Municípios e Meio Ambiente (capítulo da causa ambiental que dedicou enorme atenção em sua vida, destacando a importância dos municípios no enfrentamento dos problemas ambientais); Saneamento; além de um capítulo dedicado a reflexões diversas. São 354 páginas com muita informação e conteúdo.
Em 1998, viajou para a África do Sul para receber o prêmio mais importante da ecologia mundial, por sua participação no Projeto FLORAN, apresentado no Congresso Mundial de Ecologia em 1995, na Finlândia, em nome do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo.
Em 2001, fundou uma empresa de consultoria ambiental em parceria com seus dois filhos, Frank Werner e Mark Rudolf. Juntos atuaram auxiliando empresas e órgãos públicos de diversos estados.
Ao longo de sua vida, Werner produziu inúmeros trabalhos técnicos propondo melhorias na gestão pública e aperfeiçoamento na legislação. Também participou de dezenas de eventos como conferencista e palestrante, no Brasil e em diversos países.
Sempre manteve as portas de seu gabinete e de sua casa abertas aos jornalistas, pesquisadores e políticos. Não se intimidada em frente às câmeras, nem tampouco num auditório lotado. Tinha enorme facilidade para falar em público e para debater assuntos com qualquer profissional. Essa sua postura servia para reduzir o número de críticos e opositores nos seus trabalhos na condução das políticas públicas.
Exerceu ainda intensa atividade defendendo o meio ambiente, como consultor de diversas indústrias e participando de diversas entidades: presidente emérito da Associação Brasileira de Limpeza Pública (ABPL), presidente da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (ANAMMA), Conselheiro do CONAMA por dois mandatos; consultor do Instituto de Engenharia, Associação Brasileira de Ecologia e Prevenção à Poluição das Águas e do Ar (ABEPOLAR), Diretor da Associação Brasileira de Saneamento (ABES), Patrono do Instituto Vitalis - Progresso e Natureza, entre outras.
Em 2003, Werner Eugênio Zulauf faleceu, deixando um enorme legado para a história das políticas públicas de saneamento e meio ambiente. Sua ampla atuação como técnico, ecologista, propositor de leis e normas ambientais, escritor, palestrante, consultor e gestor público, fizeram dele uma grande referência para a agenda e pauta ambiental do País!!!
Em 4 de agosto de 2003, o governo de Santa Catarina através da Fundação de Meio Ambiente (FATMA) fez a entrega do Troféu Fritz Müller ao Engenheiro Werner Eugênio Zulauf. Quem compareceu como representante da família para receber essa bela homenagem foi o Engenheiro Mecânico Mark Rudolf Zulauf, reconhecido consultor no meio ambientalista, desenvolvedor dos passos de seu pai nas ações em defesa da natureza e da qualidade de vida dos catarinenses.
Anos depois, em reconhecimento pelos seus serviços prestados, dois logradouros públicos receberam seu nome: o Parque Linear Tiquatira Eng. Werner Zulauf, em São Paulo, e a Estação de Tratamento de Água Werner Zulauf, em sua terra natal, São Bento do Sul (Santa Catarina).
Werner Eugênio Zulauf é sem dúvidas um dos maiores ambientalistas de nosso país!!!
Sua passagem pelo IBAMA aconteceu em dois momentos, contrariando o desejo da maioria que desejava ter sua presença de maneira permanente. Qualquer instituição se sentiria extremamente engradecida por ter em seu quadro funcional um profissional de seu quilate.
Ele partiu prematuramente, mas seus ideais e realizações se mantém bem vivos entre nós. Deixou um grande legado que tanto serve de orgulho para seus irmãos, primos, sobrinhos, filhos e netos, sem deixar de mencionar todos os profissionais das áreas de saneamento e meio ambiente que reconhecem em sua trajetória uma carreira exemplar.
Ao longo de sua vida, Werner Zulauf ocupou diversos cargos nas três esferas de governo - federal, estadual e municipal - sendo responsável pela execução de muitas benfeitorias e elaboração de incontáveis trabalhos técnicos, mapas, memoriais descritivos, plantas e textos relevantes.
Entretanto, sua maior herança vai além de obras físicas e documentos escritos. É referenciado como um cidadão de caráter e respeito.
Ele se destacou pelo uso dos recursos públicos com lisura e responsabilidade. Nunca foi acusado de improbidades administrativas ou enriquecimento ilícito, deixando uma marca de seriedade e compromisso com o dever coletivo.
Por esses motivos, Werner Eugênio Zulauf possui uma multidão de amigos, companheiros e admiradores que enxergam em sua determinação e profissionalismo enorme referencial que certamente continuará influenciando positivamente na conscientização e envolvimento das presentes e futuras gerações na nobre missão de proteção da natureza e na busca do desenvolvimento sustentável!!!
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AGRADECIMENTOS
A realização desse trabalho só se tornou possível pela imensa colaboração que recebi de inúmeras pessoas.
Aproveito para manifestar meus agradecimentos especiais para: (1) Dr. Paulo Nogueira Neto, 1º Secretário Nacional da SEMA e criador do CONAMA, (2) Roberto Messias Franco, ambientalista e 2º Secretário Nacional da SEMA, (3) Ana Maria Evaristo Cruz, pioneira na SEMA, ex-secretária executiva do CONAMA e presidente da ASIBAMA Nacional, (4) João Baptista Andrade Monsã, ex-presidente da Associação de Servidores da SEMA (ASSEMA), (5) Antônio Manuel do Rego Maia Júnior – Administrador da DIPLAN/IBAMA/Brasília, (6) Dr. Moacir Bueno Arruda, grande intelectual, ativista socioambiental da SEMA/IBAMA/ICMBIO, (7) Jornalista Paulo Antunes de São Paulo, (8) Engenheiro Marcelo Pereira Bales da CETESB-SP, (9) Ambientalista Frank Werner Zulauf e Erika Katarina Zulauf, filhos de Werner Eugênio Zulauf.
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Brasília – DF, Fevereiro de 2015.
Giovanni Salera Júnior
E-mail: salerajunior@yahoo.com.br
Curriculum Vitae: http://lattes.cnpq.br/9410800331827187
Maiores informações em: http://recantodasletras.com.br/autores/salerajunior