Mena Barreto
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JOÃO MANUEL MENA BARRETO
(45 anos)
Militar
* Porto Alegre, RS (24/01/1824)
+ Peribebuí, Paraguai (12/08/1869)
AQUARIO
 
Participou das campanhas do Uruguai, sendo promovido a coronel, por merecimento, em 18 de fevereiro de 1865, após a Batalha de Paysandú. Foi promovido a brigadeiro em 1º de junho de 1867.
 
Foi condecorado com a medalha da Campanha do Estado Oriental (1851-1852), com o grau de cavaleiro da Imperial Ordem de Cristo (1858), com o grau de cavaleiro da Ordem de São Bento de Avis (1860), com o grau de oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro (1865), com o grau de grande dignitário da Imperial Ordem da Rosa (1869) e com a Medalha de Mérito Militar.
 
Enviado ao Paraguai no primeiro semestre de 1865, comandante 1º Batalhão Voluntários da Pátria, foi informado, perto de São Borja, da invasão do Rio Grande do Sul.
 
Deslocou, então, a sua tropa para a defesa do território, conforme descreve o vigário de São Borja acerca do combate de 10 de junho de 1865. Foi decisiva a ação do 1º Batalhão de Voluntários da Pátria, sob o comando de João Manuel Mena Barreto.
 
"Quando fazia o seu batismo de sangue e merecia a gratidão eterna das famílias de São Borja, das quais foi o salvador. Viu-se dentro da vila um espetáculo que é impossível descrever. A população estremecia de susto, e as ruas estavam cheias de povo. Este espetáculo comoveu o coronel Mena Barreto e o determinou a atacar os paraguaios. Durante horas que fez frente ao inimigo, várias vezes, com diversas cargas, a vila de São Borja ficou despovoada."
 
A decisão dos paraguaios de só tomarem São Borja após transporem o rio – com um contingente total de cinco mil homens, de que dispunha o seu exército – foi ocasionada pela impressão de serem estes heróis uma vanguarda do exército brasileiro. Disso se valeu o coronel João Manuel para efetuar, à noite, a retirada estratégica de todas as famílias são borjenses.
 
Participou mais tarde do cerco a Uruguaiana, assumindo logo depois o comando de uma brigada estacionada em São Gabriel.
 
Foi depois chamado à Corte, onde comandou o 1° Regimento de Guarda. Não permaneceu muito tempo, desejando voltar ao combate. Foi nomeado em 1867, brigadeiro. Em novembro e dezembro do mesmo ano se destacava em combate e, no ano seguinte, lutou em Avaí e Lomas Valentinas.
 
Promovido ao comando da 1° Divisão de Cavalaria, foi ferido a bala no combate que conquistou as Fortificações de Peribebuí, vindo a falecer.
 
Sua morte revoltou o príncipe Gastão de Orléans, Conde d'Eu (marido de Dona Isabel de Bragança, a última princesa imperial do Brasil), que ordenou o degolamento do coronel Pablo Caballero e do chefe político da vila, Patrício Marecos, demonstrando a influência dos Mena Barreto no sul brasileiro.