Max Nunes
 
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MAX NEWTON FIGUEIREDO PEREIRA NUNES
(92 anos)
Humorista, Compositor, Roteirista, Diretor, Escritor, Médico e Polímata
* RJ (17/04/1922)
+ RJ (11/06/2014)
ARIES
 
Max Newton Figueiredo Moreira Nunes nasceu no Rio de Janeiro, em 17/04/1922. Desde muito cedo, teve contato com o meio artístico, já que seu pai, Lauro Nunes, era humorista, jornalista e escrevia esquetes para a Rádio Mayrink Veiga. Sua casa era frequentada por artistas e intelectuais. Além disso, Max era vizinho de Noel Rosa, com quem se acostumou a andar e por quem foi incentivado a cantar.
 
Na infância, participou de programas de rádio e de concursos musicais. Nos anos 50, ficou famoso por suas marchinhas. A música "Bandeira Branca" gravada por Dalva de Oliveira no Carnaval de 1970, é de autoria de Max Nunes e Laércio Alves.
 
Quando começou a seguir os passos do pai, Max Nunes ouviu dele: "Você tem jeito, mas olha que ninguém faz fila pra comprar soneto, muda de vida". E em 1948, ele formou-se pela Faculdade Nacional de Medicina da antiga Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e se especializou em cardiologia. Exerceu a profissão até a década de 1980, mas sem abandonar a carreira artística.
 
 
Estreou como roteirista do programa "Barbosadas", na Rádio Nacional, e do filme"E o Mundo Se Diverte" (1948), de Watson Macedo. Trabalhou na Rádio Tupi, em programas como "A Queixa do Dia""Ninguém Rasga""Dona Eva" e "Seu Adão e O Amigo da Onça", e integrou a equipe de produtores da Rádio Nacional, quando surgiu o humorístico "Balança Mas Não Cai", onde se consagraram, por exemplo, atores como Paulo Gracindo e Brandão Filho, nos papéis do "Primo Rico e Primo Pobre". O programa ganhou versões para o cinema, teatro de revista e a televisão.Max Nunes escreveu 36 peças para o teatro de revista.
 
Convidado a voltar para a Rádio Tupi em 1952, passou a se dedicar a apenas um programa, o "Uma Pulga na Camisola". Com mais tempo para outras atividades, produziu colunas nos jornais "Tribuna da Imprensa", de 1954 a 1955, e "Diário da Noite", de 1954 a 1960.
 
Escreveu pela primeira vez para a televisão em 1962, quando criou os programas"My Fair Show" e "Times Square" para a TV Excelsior.
 

Max Nunes, Jô Soares, Agildo Ribeiro e Paulo Silvino (Programa do Jô)
Chegou à TV Globo em 1964, como roteirista e diretor, ao lado de Haroldo Barbosa, do humorístico "Bairro Feliz", que teve no elenco nomes como Paulo MonteGrande OteloBerta Loran e Mussum.


Em 1966, estreou "Riso Sinal Aberto" e "Canal 0", que se transformou no "TV0-TV1", apresentado por Paulo Silvino e Agildo Ribeiro.
 
Max Nunes trabalhou durante 38 anos como roteirista e consultor de texto da TV Globo e participou da criação de programas como "Balança Mas Não Cai" (1968),"A Grande Família" (1972), "Satiricom" (1973) e "Planeta dos Homens" (1976).
 
Max Nunes tinha uma parceria de mais de 30 anos com o humorista Jô Soares. Alguns dos grandes sucessos de  têm origem em textos de Max Nunes, como os personagens Capitão Gay e a cantora lírica Nanayá Com Ypsilon.
 
Como cronista era autor de textos sobre o cotidiano do Rio de Janeiro. Foi torcedor do America Football Club do Rio de Janeiro, e em sua homenagem, na sede do clube, há um teatro que leva seu nome.
 
Ele deixou duas filhas, as atrizes Bia Nunnes e Maria Cristina Nunnes.
 
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Morte
 
Max Nunes morreu na quarta-feira, 11/06/2014, aos 92 anos, no Rio de Janeiro, vítima de complicações em seu quadro clínico após ter sofrido uma queda e fraturado a tíbia. Max Nunes estava internado no Hospital Samaritano, na zona sul da cidade.