Mauro Duarte
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MAURO DUARTE DE OLIVEIRA
(59 anos)
Compositor, Ourives e Bancário
* Matias Barbosa, MG (02/06/1930)
+ RJ (26/08/1989 )
GEMEOS
 
Conhecido também como Bolacha, apelido que ganhou por causa de sua cara arredondada, Mauro Duarte foi um senhor compositor. Embora seu nome seja pouco lembrado, é um dos mais importantes compositores do samba carioca e deixou composições que influenciaram gerações de sambistas e influenciam até hoje.
 
Além de compositor, ganhou a vida como ourives e bancário.
 
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Mauro Duarte nasceu em Matias Barbosa, distrito de Juiz do Fora, MG, mas se mudou pro Rio de Janeiro com apenas 3 anos de idade. Morador de Botafogo, frequentava desde criança os blocos carnavalescos do bairro e aos 15 anos já participava da ala de compositores da Mocidade Alegre de Botafogo. No bairro, veio a conhecer grandes compositores, como Walter Alfaiate e Niltinho Tristeza. Mauro passava a integrar o seleto grupo de compositores de Botafogo, que anos mais tarde passaria a contar com a presença do jovem Paulinho da Viola.
 
Só em 1960 teve sua primeira musica gravada, a composição Palavra interpretada por Miltinho.
 
Acabaria fazendo do tamborim seu instrumento predileto. Fez parte de dois conjuntos musicais na década de 1960. O primeiro deles foi Os Autênticos (com Walter Alfaiate, Noca da Portela, Adélcio de CarvalhoEli Campos e Vinícius do Surdo) e depois Os Cinco Crioulos, substituindo Paulinho da Viola (com Nelson Sargento, Élton Medeiros, Anescarzinho do Salgueiro e Jair do Cavaquinho).
 
Com Os Cinco Crioulos, Mauro Duarte gravou três discos: Samba... No Duro(1967), Samba... No Duro Vol. 2 (1968) e Conjunto os Cinco Crioulos (1969)
 
Dentre suas inúmeras parcerias, destacam-se aquelas com Paulo Cesar Pinheiro. Juntos eles fizeram verdadeiras obras primas, muitas delas imortalizadas na voz de Clara NunesPortela na Avenida (1981), Canto das Três Raças (1976), Menino Deus (1974). É, inclusive, dos dois em parceria com João Nogueira o samba Um Ser de Luz, em homenagem à guerreira que cantou como ninguém a obras desses três compositores.
 
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Mauro Duarte e Cristina Buarque
Em 2008 o pessoal do Samba de Fato em parceria com 
Cristina Buarque, lançaram o CD duplo O Samba Informal de Mauro Duarte. Uma preciosidade pra quem conhecer a fundo a obra do Bolacha. Os clássicos como LamaMeu Sapato Já Furou, além de outros maravilhosos sambas ficaram de fora, pois já são conhecidos do público e estão na boca do povo nas rodas de samba. A idéia é divulgar canções pouco conhecidas.
 
Entre as gravações, algumas inéditas como DúvidaJeito do Cachimbo e Reza, Meu Bem, outras com gravações raras, difíceis de se encontrar, e diversos sambas cujas letras foram deixadas incompletas por Mauro Duarte e terminadas postumamente por Paulo Cesar Pinheiro, como é o caso de O Samba Que Eu Lhe FizCompaixãoLamento NegroSamba de Botequim e muitos outros. Ao todo são 30 musicas em um CD duplo, cheio de arranjos muito bem feitos pelo pessoal do Samba de Fato, encabeçados pelo Alfredo Del Penho.