ADÉLIA RUEFF
Espírita - 85 anos 
Pinhal - SP - 05/06/1868
Pinhal - SP - 02/02/1953
GEMEOS
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O surgimento do espiritismo na terra por volta de 1857, sofreu tenaz resistência, por parte da religião majoritária. Em 1930 essa pressão foi mais acentuada. Na cidade de Pinhal o clima não poderia ser diferente. Então nessa cidade reencarnou o espírito de Adélia Rueff, mais conhecida como Tia Adélia.Desenvolveu sobremaneira a recomendação de Jesus: Amai-vos uns aos outros. 
 
João Batista Laurito, atual presidente da Federação Espírita do Estado de São Paulo, teve a oportunidade de conviver, com os frutos que ela tão bem sabia doar aos que usufruíam de sua bondosa orientação espiritual. Em 1936 teve os olhos abertos para as claridades da Doutrina Consoladora. Nascido em berço espírita foi morar nessa cidade para estudar na escola agrícola. Conheceu o Centro Espírita Estrela da Caridade, brilhante com suas luzes na região Mojiana, centro de irradiação de caridade e amor a todos os que tinham a oportunidade de frequentá-lo.
 
Fundada em 11/01/1911 e desde o dia de sua fundação até 1950, foi a célula de fraternidade sábia e amorosamente presidida por sua fundadora Adélia Rueff, abrigou em seu lar enorme contingente de sobrinhos de outras cidades, para aculturamento escolar. Dr. Silviano de Almeida Brandão, em sua colação de grau como médico, prometeu  abrir um centro espírita, pois nessa época professava a crença na reencarnação. No mundo espiritual, viu a necessidade do cumprimento da promessa, e surgindo a primeira oportunidade, comunicou-se com Tia Adélia, pedindo-lhe que cumprisse por ele a promessa. Assim nasceu o Centro Espírita Estrela da Caridade. Durante cinco anos morou com ela, e as terças e sábados às 19,30 horas, lá estavam no Estrela da Caridade, e a sua voz, firme, inflexível embora mansa e doce, ainda ecoa em nossos ouvidos, quando iniciava a sessão declamando: Deus nosso Pai, que sois todo poder e bondade... e ao encerrar; Sublime estrela, farol das imortais falanges...
 
Tia Adélia predestinada a servir não se casou. Em sua fértil existência, amou e deu tanto de sí aos outros, que formou ao seu redor, admirações. Médium de exuberantes proporções bastava a imposição de suas mãos, para aliviar instantaneamente as pessoas, que procuravam com tanta avidez, sem lhe permitir sossego ou descanso. Uma ocasião um confrade de Jacutinga, Minas Gerais, viajou a pé 26 quilômetros para presenteá-la com um saquinho de feijão verde, numa atitude de comovedora gratidão. Tia Adélia viajava em charretes ou a pé, raras vezes em automóveis. Visitava a periferia, sítios vizinhos, cumprindo a predestinação de sua encarnação como lidima missionária do Cristo, atendendo aos aflitos, curando os obsediados, levantando os caídos, alimentando as crianças amparando os velhos. Criatura extraordinária, doce, mansa, jamais foi vista encolerizada, jamais levantou sua voz. A medida que envelhecia, fruto de dois acidentes, se curvava, se encarquilhava, tornando-se menor. Fatos que nunca a fizeram perder a paciência. Olhos vivos argutos, mente clara, pensamento limpo, conselheira oficial de quase toda população pinhalense. Fato que lhe proporcionou admiração, respeito, afeição por seus contemporâneos.
 
Sua determinação deixava pra segundo plano descanso físico. Aproveitava o tempo disponível no atendimento dos mais necessitados do caminho. Os frequentadores do Centro Espírita Estrela da Caridade, chegavam a venerar a tal ponto o Guia espiritual do Grupo irmão Silviano, que passo ao leitor um acontecimento inusitado. 
 
Em determinada ocasião, ao brincar com um grupo de crianças, uma garota contou algo muito sério. Foi exigido dela jura se aquilo era verdadeiro. Ela jurou por Deus que tudo representava a expressão da verdade. Jurar por Deus não vale, você  jura pelo irmão Silviano? resultado, não houve a jura. A residência de Tia Adélia era mais frequentada que o centro espírita. Gente entrando, saindo, tomando passes, recebendo orientações. Aos domingos era gente querendo ser grato empunhando, flores, frutas, verduras, lenha rachada, e na segunda feira fazia a caminhada inversa dos presentes. Eram necessitados de toda sorte que iam visitá-la, e após o passe reparador, a palavra conselheira e amiga, e um agrado representado por ovos frutas etc...Tudo que vinha no domingo, saía na segunda. Dai de Graça o que de graça receberdes.
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Livro: Grandes Vultos do Espiritismo.