MARCOS CARNEIRO DE MENDONÇA
(93 anos)
Historiador, Escritor e Goleiro
* Cataguases, MG (25/12/1894)
+ Rio de janeiro, RJ (19/10/1988)-CAPRICORNIO
Dono de reflexos apurados, grande sentido de colocação, estilo clássico e refinado, Marcos Carneiro de Mendonça, com seus 1,87m de altura, também chamava atenção pelo modo elegante como trajava o uniforme tricolor. Sempre ao final das partidas, curiosamente, as roupas do goleiro (camisa e calção brancos, este último preso a cintura com uma fita roxa) ainda estavam praticamente limpas pelo simples fato de estar sempre bem colocado, fato que fazia com que não se atirasse muito ao chão.
Com suas exibições primorosas, Marcos Carneiro de Mendonça acumulou fama e prestígio numa época em que jogar no gol era algo reservado aos menos hábeis coma bola nos pés.
Marcos escolheu a posição na infância, quando teve febre amarela, sarampo, forte infecção intestinal e problemas pulmonares: "Todo mundo me cercava de cuidados, impedindo-me de fazer grandes esforços. Mas eu queria jogar futebol, e achei que no gol seria menos exigido".
Marcos escolheu a posição na infância, quando teve febre amarela, sarampo, forte infecção intestinal e problemas pulmonares: "Todo mundo me cercava de cuidados, impedindo-me de fazer grandes esforços. Mas eu queria jogar futebol, e achei que no gol seria menos exigido".
Marcos Carneiro de Mendonça foi o primeiro goleiro da Seleção Brasileira de Futebol e detem até os dias atuais o título de goleiro mais jovem a ser selecionado, pois tinha 19 anos quando de seu primeiro jogo, contra o Exeter City, da Inglaterra em 21 de Julho de 1914. Foi titular por nove anos, conquistando os campeonatos sul americanos de 1919 e 1922.
Marcos chegou ao Rio de Janeiro aos 6 anos, começou a carreira aos 13 anos no time Haddock Lobo, time da Rua do Bispo, na Tijuca. com a fusão deste clube ao América F.C. passou a defender o time rubro, onde foi campeão carioca de 1913. Tinha 1,87 m.
Assim como outras dezenas de sócios e atletas do América, descontentes com a diretoria, Marcos se transferiu para o Fluminense em 1914, tendo sido seu goleiro titular até 1922. Em 127 jogos nesse período, sofreu 164 gols e foi tricampeão carioca em 1917/1918/1919. No Fluminense jogou até o fim da carreira, aos 29 anos, quando sofreu séria lesão.
Após encerrar a sua carreira, Marcos trabalhou como historiador e foi presidente do Fluminense, conquistando como dirigente, o bicampeonato carioca em 1940/1941.
Casado com a poetisa Anna Amélia Carneiro de Mendonça, pai da crítica teatral Bárbara Heliodora, uma das maiores especialistas em Shakespeare, que escreve semanalmente, coluna no jornal O Globo.
Após encerrar a sua carreira, Marcos trabalhou como historiador e foi presidente do Fluminense, conquistando como dirigente, o bicampeonato carioca em 1940/1941.
Casado com a poetisa Anna Amélia Carneiro de Mendonça, pai da crítica teatral Bárbara Heliodora, uma das maiores especialistas em Shakespeare, que escreve semanalmente, coluna no jornal O Globo.
Títulos
- America-RJ - Campeonato Carioca: 1913
- Fluminense - Campeonato Carioca: 1917,1918 e 1919
- Seleção Brasileira - Copa Roca: 1914 e Campeonato Sul-Americano: 1919 e 1922