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LUIZ JATOBÁ
(67 anos)
Médico, Locutor e Jornalista
* Maceió, AL (1915)
+ Nova York, EUA (1982)
 
Possuidor de voz privilegiada para locuções radiofônicas e cinematográficas, em 1940, Luiz Jatobá foi convidado para ser locutor da CBS (Columbia Broadcasting System), em Nova York (EUA), onde se tornou o brasileiro que dava as notícias sobre a Segunda Guerra Mundial e apresentava trailers cinematográficos para a companhia Metro Goldwin Mayer.
 
Luiz Jatobá trabalhou na TV Globo quando Mauro Salles era o diretor de jornalismo da emissora. Nessa época, foi para o Jornal da Globo, ao lado de Hilton Gomes e Nathalia Thimberg.
 
Comandou a primeira edição do Jornal Hoje, ao lado de Léo Batista. No período da Ditadura Militar, Luiz Jatobá sofreu perseguição política por parte do governo brasileiro - novamente dos EUA, onde retomou a gravação de trailers de cinema, depois de ter percebido que era melhor afastar-se do país.
 
Sua voz grave e cavernosa era associada à narração dos trailers exibidos, durante décadas, nos cinemas brasileiros, com a mesma intensidade com que a voz misteriosa e sensual de Íris Lettieri passou a ser associada à locução de horários de vôos no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, de tal forma que ir ao cinema, não importa a fita que estivesse em cartaz, na época em que Luiz Jatobá apresentava os trailers - quase sempre de filmes de Hollywood -, importava em ouvir a voz profunda desse médico ortopedista e locutor, como também significava assistir, ouvindo sua música característica, às cenas recentes e cruciais dos principais jogos do desporto brasileiro, especialmente do futebol carioca (ultima sessão do Cine-Jornal Canal 100, produzido por Carlos Niemeyer, com a canção Na Cadência do Samba, de Luiz Bandeira, na versão instrumental sob a orquestração de Waldir Calmon, que muitos, não sabendo o nome da música, diziam a primeira frase da letra: "Que bonito é...").
 
Luiz Jatobá, a quem coube a narração de parte do noticioso radiofônico oficial A Hora do Brasil, trabalhou no rádio brasileiro por 45 anos - na época em que os conteúdos veiculados por esse meio de comunicação eram os mais consumidos pelos públicos do Brasil -, tendo influenciado na formação de gerações de locutores não apenas de rádio, mas também de cinema, televisão e vídeo, que o veneravam como dono de uma das mais célebres vozes do Continente Americano, certamente o mais famoso timbre vocal masculino do Brasil, sendo a voz de Íris Lettieri o seu correspondente femininO