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FRANCISCO MANUEL DA SILVA
(70 anos)
Instrumentista, Maestro.
* RJ (21/02/1795)
+ RJ (18/12/1865) - AQUARIO
 
Francisco Manuel da Silva foi um compositor, maestro e professor brasileiro. Era filho de Joaquim Mariano da Silva e Joaquina Rosa. Ainda menino, começou a estudar música com o célebre compositor padre José Maurício Nunes Garcia, talvez o maior nome da música colonial brasileira. Foi também aluno de Policarpo Beltrão e Marcos Portugal, aperfeiçoando-se depois com Sigismund von Neukomm, aprendendo violino, violoncelo, órgão, piano e composição.
 
Ainda bem jovem escreveu um "Te Deum" para o então príncipe Dom Pedro I, que lhe prometeu financiar seu aperfeiçoamento na Europa, mas não chegou a cumprir a promessa. Em vez disso, nomeou-o para a Capela Real, onde foi bastante ativo como diretor musical.
 
Em 1833 fundou a Sociedade Beneficente Musical, que teve um papel importante na época e funcionou até 1890. Contando com a simpatia do novo imperador Dom Pedro II, foi nomeado para o posto de compositor da Imperial Câmara em 1841 e no ano seguinte assumiu como mestre-de-capela.
 
Em 1857, Dom Pedro II lhe ofereceu a condecoração máxima, a Cruz de Cavaleiro da Ordem da Rosa.
 
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Talvez seu maior mérito seja a fundação do Conservatório do Rio de Janeiro, a origem da atual Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ). Também foi regente do Teatro Lírico Fluminense, depois transformado naÓpera Nacional.
 
Sua obra de composição não é considerada de grande originalidade, embora sejam interessantes a "Missa Ferial" e a "Missa Em Mi Bemol", mas foi o autor de uma única peça que se tornou célebre, a melodia do atual "Hino Nacional Brasileiro". Compôs também valsas, quadrilhas, modinhas e lundus, como o antológico "Lundu da Marrequinha", que recebeu letra de Paula Brito. Na época de sua composição, esse lundu fez muito sucesso, figurando depois em vários livros sobre modinhas, lundus e cançonetas.
 
Francisco Manuel da Silva faleceu com 70 anos de idade, em sua casa, no centro do Rio de Janeiro, na Rua Visconde do Rio Branco, nº49, vítima de "tísica na laringe", cercado da admiração e respeito gerais.
 
Seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério de São Francisco de Paula, no Catumbi, na cidade do Rio de Janeiro.