FRANCARLOS REIS
(67 anos)
Ator e Diretor Teatral
* Piracicaba, SP (27/12/1941)
+ SP (08/04/2009) - CAPRICORNIO
Ator e Diretor Teatral
* Piracicaba, SP (27/12/1941)
+ SP (08/04/2009) - CAPRICORNIO
Ator e diretor, Francarlos Reis formou-se em Direito pela PUC de Campinas em 1965 e, em seguida, foi estudar no Rio, sonhando em seguir a carreira de diplomata. Mas uma viagem a Londres, em 1969, onde viu o musical "Hair", provocou uma transformação radical em sua vida.
Abandonou os estudos e, como tinha formação também em música, passou atocar piano numa boate em Copacabana. "Depois de ver Hair eu não sabia mais o que queria fazer da vida, mas tinha certeza de que não seria advogado", contou Francarlos Reis em entrevista concedida em 2008.
Foi tocando piano na noite que recebeu, do ator Armando Bogus, o convite parafazer teste para um musical. Por uma dessas coincidências da vida, era justamente para a montagem de "Hair" no Rio. Francarlos fez o teste numa segunda-feira, na terça já ensaiava como integrante do coro do espetáculo. Nunca mais abandonou o teatro.
Com mais de 60 espetáculos teatrais no currículo, Francarlos Reis iniciou sua carreira em 1970. Quem viu, jamais esquece, por exemplo, da forma como expressava, em atuação a um só tempo contida e intensa, a dor e a indignação de um honesto e apagado funcionário público na peça "Em Moeda Corrente do País", que tinha texto de Abílio Pereira de Almeida, direção de Silnei Siqueira, e lhe valeu uma indicação para o Prêmio Shell. Cinco anos depois, mais uma interpretação marcante prova a versatilidade de seu talento. No musical "My Fair Lady" ele cantou, dançou e, mais que tudo, brilhou ao dar vida ao ‘picareta’ Alfred, um divertido bon vivant que é em tudo oposto ao citado funcionário e lhe valia aplausos calorosos do público ao fim de cada apresentação.
Atuou sob a batuta de grandes diretores brasileiros, entre eles José Renato, fundador do Arena, Jorge Takla, Flávio Rangel, Gianni Ratto, Antônio Abujamra, Fauzi Arap e Silnei Siqueira. Deu vida a personagens criados por Molière, Chekhov, Vianinha, Millôr Fernandes, José Vicente, Gogol, Gorki, Alcides Nogueira, Mário Viana e muitos outros.
Todo ator tem seus trabalhos prediletos, não necessariamente os de maior sucesso de público e crítica. Francarlos Reis tinha o seu, era "Pasolini, Morte e Vida", texto do francês Michel Azama, encenado no Brasil pelo norte-americano Stephan Yarian. Destacava também entre os espetáculos que mais prazer lhe proporcionaram como ator, "O Doente Imaginário", de Molière, dirigido por Silnei Siqueira.
Francarlos Reis atuou, também, em "A Capital Federal" (1972); "Os Órfãos de Jânio" (1981); "O País dos Elefantes" (1989); "O Inspetor Geral" (1994); "Abzoluta!" ( 2002); "Memórias do Mar Aberto: Medéia Conta Sua História" (2004); "Operação Abafa" (2006), dentre outros espetáculos.
Atuou pouco em TV, fez a novela, "Venha Ver o Sol na Estrada", sob direção de Antunes Filho, na Record, em 1973. Fez ainda algumas participações em teleteatros na TV Cultura, entre eles "Vestido de Noiva", mais uma vez sob direção de Antunes e participou da série "As Cinco Panelas de Ouro" e do "Senta que lá vem Comédia", ambos também na TV Cultura.
Ainda na televisão, Francarlos Reis chegou a participar da novela do SBT, "Chiquititas" (1997) e da série da Globo "Carandiru, Outras Histórias" (2006).
Em 2007, o ator também atuou no filme "Onde Andará Dulce Veiga?", longa dirigido por Guilherme de Almeida Prado, uma adaptação do livro de Caio Fernando Abreu.
Homem de hábitos muito simples e muito querido na classe teatral paulista, ele gostava de encontrar amigos para uma caipirinha no Restaurante Planeta’s. "Não quero chegar ao topo. Sou uma criança com um ideal inatingível: ser gente com todas as letras maiúsculas", declarou ele em uma entrevista.
Em 2007/2008, Francarlos Reis esteve no musical "West Side Story" e anteriormente brilhou no elenco de "My Fair Lady". No ano passado ele participou da peça "A Cabra ou Quem é Sylvia?", dirigido por Jô Soares e ao lado de José Wilker e Denise Del Vecchio.
Aos 67 anos, Francarlos Reis foi encontrado morto por um amigo, em seu apartamento em São Paulo. Teve um infarto fulminante.
Francarlos estava no elenco do musical "A Noviça Rebelde", encenado no Teatro Alfa, em São Paulo, no papel de Max Detweiler. O espetáculo não interrompeu a temporada e o ator foi substituído por Dudu Sandroni. Francarlos foi homenageado por todo o elenco na sessão do espetáculo que aconteceu um dia após a sua repentina morte.
Em 2010, Francarlos Reis aparece no longa metragem "A Guerra de Vizinhos" filmado em 2009, sob a direção de Rubens Xavier. No elenco estão também, dentre outros, Eva Wilma , Karin Rodrigues e Vera Mancini.
Abandonou os estudos e, como tinha formação também em música, passou atocar piano numa boate em Copacabana. "Depois de ver Hair eu não sabia mais o que queria fazer da vida, mas tinha certeza de que não seria advogado", contou Francarlos Reis em entrevista concedida em 2008.
Foi tocando piano na noite que recebeu, do ator Armando Bogus, o convite parafazer teste para um musical. Por uma dessas coincidências da vida, era justamente para a montagem de "Hair" no Rio. Francarlos fez o teste numa segunda-feira, na terça já ensaiava como integrante do coro do espetáculo. Nunca mais abandonou o teatro.
Com mais de 60 espetáculos teatrais no currículo, Francarlos Reis iniciou sua carreira em 1970. Quem viu, jamais esquece, por exemplo, da forma como expressava, em atuação a um só tempo contida e intensa, a dor e a indignação de um honesto e apagado funcionário público na peça "Em Moeda Corrente do País", que tinha texto de Abílio Pereira de Almeida, direção de Silnei Siqueira, e lhe valeu uma indicação para o Prêmio Shell. Cinco anos depois, mais uma interpretação marcante prova a versatilidade de seu talento. No musical "My Fair Lady" ele cantou, dançou e, mais que tudo, brilhou ao dar vida ao ‘picareta’ Alfred, um divertido bon vivant que é em tudo oposto ao citado funcionário e lhe valia aplausos calorosos do público ao fim de cada apresentação.
Atuou sob a batuta de grandes diretores brasileiros, entre eles José Renato, fundador do Arena, Jorge Takla, Flávio Rangel, Gianni Ratto, Antônio Abujamra, Fauzi Arap e Silnei Siqueira. Deu vida a personagens criados por Molière, Chekhov, Vianinha, Millôr Fernandes, José Vicente, Gogol, Gorki, Alcides Nogueira, Mário Viana e muitos outros.
Todo ator tem seus trabalhos prediletos, não necessariamente os de maior sucesso de público e crítica. Francarlos Reis tinha o seu, era "Pasolini, Morte e Vida", texto do francês Michel Azama, encenado no Brasil pelo norte-americano Stephan Yarian. Destacava também entre os espetáculos que mais prazer lhe proporcionaram como ator, "O Doente Imaginário", de Molière, dirigido por Silnei Siqueira.
Francarlos Reis atuou, também, em "A Capital Federal" (1972); "Os Órfãos de Jânio" (1981); "O País dos Elefantes" (1989); "O Inspetor Geral" (1994); "Abzoluta!" ( 2002); "Memórias do Mar Aberto: Medéia Conta Sua História" (2004); "Operação Abafa" (2006), dentre outros espetáculos.
Atuou pouco em TV, fez a novela, "Venha Ver o Sol na Estrada", sob direção de Antunes Filho, na Record, em 1973. Fez ainda algumas participações em teleteatros na TV Cultura, entre eles "Vestido de Noiva", mais uma vez sob direção de Antunes e participou da série "As Cinco Panelas de Ouro" e do "Senta que lá vem Comédia", ambos também na TV Cultura.
Ainda na televisão, Francarlos Reis chegou a participar da novela do SBT, "Chiquititas" (1997) e da série da Globo "Carandiru, Outras Histórias" (2006).
Em 2007, o ator também atuou no filme "Onde Andará Dulce Veiga?", longa dirigido por Guilherme de Almeida Prado, uma adaptação do livro de Caio Fernando Abreu.
Homem de hábitos muito simples e muito querido na classe teatral paulista, ele gostava de encontrar amigos para uma caipirinha no Restaurante Planeta’s. "Não quero chegar ao topo. Sou uma criança com um ideal inatingível: ser gente com todas as letras maiúsculas", declarou ele em uma entrevista.
Em 2007/2008, Francarlos Reis esteve no musical "West Side Story" e anteriormente brilhou no elenco de "My Fair Lady". No ano passado ele participou da peça "A Cabra ou Quem é Sylvia?", dirigido por Jô Soares e ao lado de José Wilker e Denise Del Vecchio.
Aos 67 anos, Francarlos Reis foi encontrado morto por um amigo, em seu apartamento em São Paulo. Teve um infarto fulminante.
Francarlos estava no elenco do musical "A Noviça Rebelde", encenado no Teatro Alfa, em São Paulo, no papel de Max Detweiler. O espetáculo não interrompeu a temporada e o ator foi substituído por Dudu Sandroni. Francarlos foi homenageado por todo o elenco na sessão do espetáculo que aconteceu um dia após a sua repentina morte.
Em 2010, Francarlos Reis aparece no longa metragem "A Guerra de Vizinhos" filmado em 2009, sob a direção de Rubens Xavier. No elenco estão também, dentre outros, Eva Wilma , Karin Rodrigues e Vera Mancini.