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EUZÉBIA SILVA DO NASCIMENTO
(89 anos)
Sambista
* Rio de Janeiro, RJ (06/02/1913)
+ Rio de Janeiro, RJ (22/01/2003)
 
Pastora e personalidade pública da Mangueira, nascida num domingo de carnaval no subúrbio de Piedade, no Rio de Janeiro.
 
O pai, Euzébio da Silva, foi guarda-freios da Estação Central do Brasil, e a mãe, Gertrudes Efigênia dos Santos, era lavadeira de profissão.
 
Em 14 de abril de 1914, morreu seu pai. Anos mais tarde, em 1920, a família mudou-se para o morro de Mangueira.
 
O apelido Zica foi dado por sua madrinha, de nome Cabocla.
 
De seus quatro irmãos, Clotildes, chamada de Menininha, foi esposa de Carlos Cachaça, outro compositor da Mangueira.
 
Aos dezenove anos, casou-se com Carlos Dias do Nascimento, de quem ficou viúva, tendo quatro filhos.
 
Na década de 1950, casou-se com Cartola, passando a ser conhecida e conceituada no meio musical carioca.
 
Em 1962 juntamente com seu marido Cartola, fundou o bar Zicartola, na rua da Carioca, centro do Rio de Janeiro, freqüentado por muitos sambistas, como Zé Keti, Nelson Sargento, Paulinho da Viola e Nelson Cavaquinho e ainda intelectuais e universitários.
 
Durante algum tempo, foi integrante da Velha Guarda da Mangueira.
 
Foi passista e diretora da ala das pastoras.
 
Em 1998, participou do CD "Chico Buarque de Mangueira", produzido pela BMG em homenagem aos compositores da escola, cantando "Capital do Samba" (Zé Ramos), além de estar presente na foto ao lado de Chico Buarques e de toda a Velha Guarda. No ano seguinte, participou do CD "Velha Guarda e Convidados", produzido pela gravadora Nikita Music, no qual interpretou "Chega de Demanda", samba de Cartola com versos anexados posteriormente por Paulinho Tapajós.
 
Em 1999, a escritora Odacy de Brito Silva lançou pela Editora Gráfica Carimbex sua biografia "Dona Zica da Mangueira - Na Passarela da Sua Vida".
 
No ano 2000, o Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro produziu o CD "Mangueira - Sambas de Terreiro e Outros Sambas", que contou com sua colaboração, rememorando sambas de Cartola e de seus parceiros, assim como de outros compositores da Mangueira que faziam parte do projeto.
 
No dia 22 de janeiro de 2003, morreu dormindo em sua casa no sopé do morro da Mangueira, tendo sido o corpo velado na quadra da escola. Por ter sido durante muitos anos seguidos símbolo da Mangueira, a direção da escola abriu exceção ao lhe conduzir o corpo para ser velado na quadra.