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WALTER PINTO
(81 anos)
Produtor e Autor de Teatro
* Rio de Janeiro, RJ (17/01/1913)
+ Rio de Janeiro, RJ (21/04/1994)
 
Produtor dos maiores espetáculos de Teatro de Revista brasileiro, é responsável pela reformulação do gênero, nos anos 1940 e 1950.
 
Walter formou-se em Contabilidade e Ciências Econômicas, mas acabou dedicando-se à Companhia de Teatro Pinto, fundada por seu pai.

Em 1940, com a morte prematura do irmão ÁlvaroWalter Pinto assume a direção da Empresa de Teatro Pinto, que desde os anos 1920 se dedica ao teatro musicado. A Companhia Walter Pinto estreia com É Disso que Eu Gosto (1940),de Miguel OrricoOscarito Brennier e Vicente Marchelli, título extraído da música que Carmem Miranda cantava, à frente do elenco, com Oscarito e Margot Louro. 
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Walter Pinto 1960 Aeroporto Rio (Foto: Cedoc-Funarte)
Companhia Walter Pinto, veio a se tornar a maior delas no teatro musicado, encenando Revistas e revelando uma geração de atores, músicos e compositores, dentre os quais se podem listar: Dercy Gonçalves, Carmem Miranda, Assis Valente e outros.
 
Durante toda a década de 1940, os espetáculos são quase que exclusivamente dirigidos por Otávio Rangel. O produtor tira a ênfase do autor e dos primeiros atores para valorizar a espetacularidade da cena: escadas, luzes, grandes coreografias, efeitos de maquinaria, coros numerosos e grande orquestra garantem o sucesso dos espetáculos que se sucedem. Contrata coristas argentinas, francesas e até russas que atuam principalmente nas partes musicais, para as quais mantém um grupo de bailarinas. Durante a guerra, ensaia quadros patrióticos.
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Oscarito, Walter Pinto, Alexandre Amorim, Freire Jr. e Silvia Fernanda com o presidente Getúlio Vargas em 1952 (Foto: Cedoc-Funarte)
O tema do carnaval, pela óbvia semelhança do descompromisso, da musicalidade e do apelo ao corpo, é recorrente. Técnica e artisticamente, os espetáculos daCompanhia Walter Pinto atingem, como se dizia em seu tempo, nível internacional. O cronista Carlos Machado cita o ator francês Paul Nivoix, sobre Trem da Central (1948), de Freire Jr. e Walter Pinto:

"Nunca imaginei que no Brasil houvesse um produtor de tal força para extasiar o público. O que acabo de ver em Trem da Central é digno de ser mostrado em qualquer parte do mundo sem receio de ser superado".
 
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Na década de 1950, o produtor recebe durante quatro anos, três deles seguidos, o prêmio da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, de melhor produtor de teatro musicado, categoria criada em conseqüência de seu trabalho e muito provavelmente a ele dedicada. Na mesma coluna, Carlos Machado publica:
 
"O êxito de Walter Pinto é devido, sobretudo, a ele mesmo. Podem figurar nos letreiros luminosos os nomes de Oscarito, Virgínia Lane, Grande Otelo ou Mara Rubia, as maiores atrações nacionais. De um momento para outro, esses grandes nomes são obrigados a sair do palco das revistas de Walter Pinto. Saem mas não fazem falta. O êxito é o mesmo... A explicação é óbvia: Walter Pinto apresenta uma revista em conjunto, e é o conjunto que se firma. Sua maior vitória está neste detalhe."
 
Nos anos 1960, o produtor passa a assinar também a direção e o texto dos espetáculos.
 
Walter Pinto foi um dos maridos da vedete Íris Bruzzi.
 
Atuou como ator em dois filmes:
 
  • 1959 - Mujeres de Fuego (Mulher de Fogo)
    1937 - Samba da Vida