Caio Prado Júnior
(83 anos)
Historiador, Geógrafo, Escritor, Político e Editor
* São Paulo, SP (11/02/1907)
+ São Paulo, SP (23/11/1990)-AQUARIO
+ São Paulo, SP (23/11/1990)-AQUARIO
As suas obras inauguraram, no país, uma tradição historiográfica identificada com o marxismo, buscando uma explicação diferenciada da sociedade colonial brasileira.
Caio da Silva Prado Júnior nasceu em São Paulo, em 11 de fevereiro de 1907. Proveniente de uma família de políticos e da sociedade nobre paulista, vários parentes seus exerceram papel de destaque na vida político-econômica de São Paulo, como por exemplo, seu avô Martinho Prado Júnior e seus tios-avô Antônio Prado e Eduardo Prado, sendo que os dois primeiros também possuíram mandatos na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Bacharelou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo em 1928, onde mais tarde seria livre-docente de Economia Política.
Como intelectual teve importante atuação política ao longo das décadas de 1930 e 1940, tendo participado das articulações para a Revolução de 1930. Decepcionado com a inconsistência política e ideológica da República Nova, aproximou-se do marxismo e filiou-se ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em 1931.
Em 12 de agosto de 1931, em São Paulo, nasceu seu filho com Hermínia F. Cerquilho, Caio Graco, que mais tarde conduziu a Editora Brasiliense, fundada pelo pai em 1943.
Publicou, em 1933, a sua primeira obra, "Evolução Política do Brasil", uma tentativa de interpretação da história política e social do país. Após uma viagem à União Soviética em 1933, à época no governo de Stalin, e a alguns países socialistas, alinhados à União Soviética, publicou "URSS - Um Novo Mundo"(1934), edição apreendida pela censura do governo de Getulio Vargas, que passaria a combater. Ingressou na Aliança Nacional Libertadora (ALN), a qual presidiu em São Paulo.
Em 1934, ano de implantação da Universidade de São Paulo (USP), juntamente com os professores Pierre Deffontaines, Luís Flores de Morais Rego e Rubens Borba de Morais, Caio Prado Júnior participou da fundação da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), primeira entidade científica de caráter nacional.
Em 1942 publicou o clássico "Formação do Brasil Contemporâneo - Colônia", que deveria ter sido a primeira parte de uma coletânea sobre a evolução histórica brasileira, a partir do período colonial. Entretanto, os demais volumes jamais foram escritos. Neste livro, alcança superar uma prática até então usual na Historiografia brasileira, qual seja, a da anacronia, consistente em se se analisarem os fatos passados sem perder de vista o seu desenlace presente.Caio Prado Júnior, por seu turno, é capaz de analisar os processos históricos a partir do mundo em que se desenvolveram, elaborando o mais completo quadro do Brasil Colônia até então traçado.
Pautando a sua investigação em relatos coetâneos ao período do Brasil Colônia, pinta um retrato sem retoques de um plano geográfico de que se encontram não poucas marcas no Brasil de hoje. O livro "Formação do Brasil Contemporâneo - Colônia", ao lado de "Casa-Grande e Senzala", de Gilberto Freyre, e de "Raízes do Brasil", de Sérgio Buarque de Holanda, forma uma tríade inelutável para se alcançar um conhecimento de como funcionam as estruturas sociais do país. Entrementes, em diferenciação a seus pares, Caio Prado Júnior tende a dar as costas a um certo subjetivismo e a um certo tom redentor - apegando-se a evidências e evitando lucubrações simplistas, acaba por elaborar o livro que mais solidamente caracteriza a formação da sociedade brasileira.
Em 1945 foi eleito deputado estadual, como terceiro suplente pelo Partido Comunista Brasileiro e, em 1948 como deputado da Assembleia Nacional Constituinte. Todavia, este último mandato lhe seria cassado em 1948, na sequência do cancelamento do registro do partido pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Dirigiu o vespertino A Plateia e, em 1943, juntamente com Arthur Neves e Monteiro Lobato, fundou a Editora Brasiliense, na qual lançou, posteriormente, aRevista Brasiliense, editada entre 1956 e 1964.
Na década de 1950, desenvolveu sua discussão sobre dialética, publicando dois livros: "A Dialética do Conhecimento" (1952) e "Notas Introdutórias à Lógica Dialética" (1959).
Sofreu novas perseguições durante o Regime Militar, após 1964.
Em 1966 foi eleito o Intelectual do Ano, com a conquista do Prêmio Juca Pato, concedido pela União Brasileira de Escritores, devido à publicação, naquele ano, do polêmico "A Revolução Brasileira", uma análise dos rumos do país após o movimento de 1964.
Caio Prado Júnior faleceu em 23 de novembro de 1990.
Pautando a sua investigação em relatos coetâneos ao período do Brasil Colônia, pinta um retrato sem retoques de um plano geográfico de que se encontram não poucas marcas no Brasil de hoje. O livro "Formação do Brasil Contemporâneo - Colônia", ao lado de "Casa-Grande e Senzala", de Gilberto Freyre, e de "Raízes do Brasil", de Sérgio Buarque de Holanda, forma uma tríade inelutável para se alcançar um conhecimento de como funcionam as estruturas sociais do país. Entrementes, em diferenciação a seus pares, Caio Prado Júnior tende a dar as costas a um certo subjetivismo e a um certo tom redentor - apegando-se a evidências e evitando lucubrações simplistas, acaba por elaborar o livro que mais solidamente caracteriza a formação da sociedade brasileira.
Em 1945 foi eleito deputado estadual, como terceiro suplente pelo Partido Comunista Brasileiro e, em 1948 como deputado da Assembleia Nacional Constituinte. Todavia, este último mandato lhe seria cassado em 1948, na sequência do cancelamento do registro do partido pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Dirigiu o vespertino A Plateia e, em 1943, juntamente com Arthur Neves e Monteiro Lobato, fundou a Editora Brasiliense, na qual lançou, posteriormente, aRevista Brasiliense, editada entre 1956 e 1964.
Na década de 1950, desenvolveu sua discussão sobre dialética, publicando dois livros: "A Dialética do Conhecimento" (1952) e "Notas Introdutórias à Lógica Dialética" (1959).
Sofreu novas perseguições durante o Regime Militar, após 1964.
Em 1966 foi eleito o Intelectual do Ano, com a conquista do Prêmio Juca Pato, concedido pela União Brasileira de Escritores, devido à publicação, naquele ano, do polêmico "A Revolução Brasileira", uma análise dos rumos do país após o movimento de 1964.
Caio Prado Júnior faleceu em 23 de novembro de 1990.
As Principais Obras de Caio Prado Júnior
1933 - Evolução Política do Brasil
1934 - URSS - Um Novo Mundo
1942 - Formação do Brasil Contemporâneo
1945 - História Econômica no Brasil
1952 - Dialética do Conhecimento
1953 - Evolução Política do Brasil e Outros Estudos
1954 - Diretrizes Para Uma Política Econômica Brasileira
1957 - Esboço de Fundamentos da Teoria Econômica
1959 - Introdução à Lógica Dialética (Notas Introdutórias)
1962 - O Mundo do Socialismo
1966 - A Revolução Brasileira
1971 - Estruturalismo de Lévi-Strauss - O Marxismo de Louis Althusser
1972 - História e Desen
volvimento
1979 - A Questão Agrária no Brasil
1980 - O Que é Liberdade
1981 - O Que é Filosofia
1983 - A Cidade de São Paulo
1934 - URSS - Um Novo Mundo
1942 - Formação do Brasil Contemporâneo
1945 - História Econômica no Brasil
1952 - Dialética do Conhecimento
1953 - Evolução Política do Brasil e Outros Estudos
1954 - Diretrizes Para Uma Política Econômica Brasileira
1957 - Esboço de Fundamentos da Teoria Econômica
1959 - Introdução à Lógica Dialética (Notas Introdutórias)
1962 - O Mundo do Socialismo
1966 - A Revolução Brasileira
1971 - Estruturalismo de Lévi-Strauss - O Marxismo de Louis Althusser
1972 - História e Desen
volvimento
1979 - A Questão Agrária no Brasil
1980 - O Que é Liberdade
1981 - O Que é Filosofia
1983 - A Cidade de São Paulo