BARROSINHO 
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JOSÉ CARLOS BARROSO
(65 anos)
Compositor e Trompetista
* Campos dos Goytacazes, RJ (08/07/1943)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/03/2009)

José Carlos Barroso foi um compositor e instrumentista brasileiro idealizador do Maracatamba, que mistura maracatu com samba.

Barrosinho, nasceu em Campos dos Goytacazes, filho do saxofonista Benedito Gomes Barroso. Começou a estudar música aos 6 anos de idade e aos 8 a tocar trompete.
Chegou no Rio de Janeiro no início dos anos 60, onde vivenciou suas primeiras experiências profissionais nas orquestras de baile e gafieiras, com Mestre Severino, Mestre Cipó e Paulo Moura. Este convívio lhe deu a habilidade de embalar as pessoas com seu som dançante. Após as orquestras, Barrosinho tocou em bandas menores onde havia espaço para o improviso e assim desenvolveu suas aptidões de instrumentista e solista.
Barrosinho fez parcerias com músicos como Raul de Souza, Edson Machado, Sivuca e Oderban Magalhães.
No início dos anos 70, convidado por Oderban, integrou o "Grupo Abolição", liderado por Dom Salvador. Com a ida de Dom Salvador para Nova York, formou a legendária Banda Black Rio com Oderban Magalhães e outros talentosos instrumentistas. Esta banda é até hoje uma referência musical, por ter abrasileirado o som americano quando antes se fazia o inverso. Ainda nos anos 70 acompanhou artistas como Gerson King Combo e Tim Maia. Assim como bons músicos do cenário "Soul Black Brasil" da época, fez parte de uma das formações da Banda Vitória Régia que acompanhava o cantor Tim Maia.
Possuidor de musicalidade rara, sendo um notável arranjador vocal, que tem em suas fontes a soul music estadunidense e o lendário Cassiano.
Participou em 1988 do disco "Alma Negra", com Tony Tornado, Tony Bizarro, Luiz Vagner e Lady Zu, onde ele interpreta a música "Raízes".
Ativo defensor da conscientização do negro na sociedade, procura elevar com a sua música, a importância da cultura negra no Brasil.
A memória das experiências musicais e sociais vividas na cidade do Rio de Janeiro durante sua carreira caracteriza este músico incomum, que optou por um caminho autêntico sem cair em padronizações. Barrosinho buscou sua própria linguagem. Como depoimento, constitui uma expressão criativa e personalizada da música instrumental brasileira, assim também, como uma manifestação profundamente brasileira do jazz universal.

Morte
Barrosinho morreu no Hospital Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, vítima de Falência Múltipla de Órgãos. Barrosinho tinha 65 anos, e estava internado há 20 dias.
O corpo foi velado na capela do Cemitério São João Batista, Riode janeiro, e o enterro ocorreu às 17:00 hs de quinta-feira, (05/03/2009).