anexirista

é num momento de silêncio

que a aurora do meu tempo

se apaga dentro do meu olhar

fico triste em saber

que cada instante

onde fico perdido nas lembranças

meu caminho se fica vagando pelo tempo

não consigo carregar o sentimento

o peso pela palavra é forte demais

ao ponto de me machucar

sobre feridas que ficam dentro do meu peito

valem menos que um sorriso

quando não posso ter o afeto

nem a compreenção

do coração

ao expressar as coisas

que vem do sofrimento

meus olhos ficam sempre ao chão

pois quando sofro

não é pro céu que olho

e sim pros meus passos

com efeito negativo

infedinidamente tão pouco

estaria eu ocupando

todo meu corpo concebendo-me

somente a raiva encubada

e ao invés de viver e preservar

apenas fico mais sucinto a tudo

enclausurado em todo meu espaço

guardadando toda recordação

do meu mundo vivido

passa-se o tempo a cada um

a vontade e nada mais me importa

no meu imenso repouso

preso aos poucos me acabando

nos singelos pedaços da minha estrutura

aceito me penetrar no firmamento

sabendo do meu profundo silêncio

melhor assim na serenidade

eu permaneço com a palavra na mente

do que me atirar com a alma sobre

a essência da palavra amor

que faz da sobrevivência

a necessidade pela razão.

Á alma é barata
Enviado por Á alma é barata em 13/04/2010
Código do texto: T2194412
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