Um tudo de mim II

Eu? Bom. Mal. Cínico. Irônico. Medroso. Mas já não faço mais xixi na cama.

Idade? Irrelevante.

1,87, fora de padrões. Até porque, segui-los exige uma dedicação que não tenho.

Pai solteiro, professor inusitado e falho, amigo oculto, não-óbvio, ator nato, fracassos múltiplos, realizações enormes.

Théo? Homenzinho da minha vida.

Moro só e sofro na mesma intensidade quando não sei ver além do meu nariz. Mesmo quando sei que o que vejo é além do provável.

Profissão? Todas em uma só. Gosto do que faço, misto de prazer e tédio, fracasso e luz. Amo meus alunos e ainda acho que ser aluno é melhor que ser adulto.

Solteiro? Não sei bem o que é isso.

Crítico e vítima dos meus ataques verborrágicos e insólitos, embora nem eu saiba bem quando isso acontece.

Música? moeda de troca.

Cinema? Sempre.

Bobagens e afins: Vital. Vida séria demais é de uma falta de graça absoluta.

Frases? Por agora não, não me peça isso.

Futuro? Futuro... Não. Prefiro não marcar nenhuma opção agora, ainda que eu caminhe drasticamente pra ele.

Piada? Sabe o que o café disse ao picolé? Pergunte a resposta ao meninos do 1º ensino médio do Piaget. Eles te respondem. Kk.

Pretensões? Sim, uma. Ser a pretensão de alguém. Algum dia. A qualquer hora.

Amor? Meu filho. Só. Isso, até o momento, me basta.

Sexo? Como assim... Ah! Lembrei. Sozinho já me cansei. Ponto final.

Morrer? Bem, isso é relativo. Tem tipos por aí que já morreram há anos e insistem em vagar obsessivamente na cabeça dos outros.

Ator? Sou. Já nasci com as roupas de Jorge para essa batalha.

Respeito? Sim, quando vejo que há a possibilidade de ser recíproca.

Tédio.. Palavrões... Mudança de hábitos... Liquidificadores... Diários...Poesia.

Invento palavras e transformo o chão por onde passo. É o que sei fazer de melhor.

Lembrei de uma frase: "É nois que voa, bruxão". Sentido? Num sei... Temos algum sentido?

Enfim.

É foda...