A ponta de pena
Na ponta da minha caneta formo palavras que não faço a menor idéia de onde vem. Apenas as escrevo, como se nunca as houvesse pronunciada. Escrevo como o faz um escrivão de cartório, dados que não pertence a mim. Indiferente e frio às minhas próprias dores, aos sentimentos latentes da minha alma. Anoto freneticamente dados de uma alma um tanto quanto vivida, um tanto quanto sofrida.