Edson Duarte

Um dia sonhei batalhar a vida.

Um coração cavaleiro era o que motivava meu ser;

Pensava com músculos.

Sonhei ter alguém que cobrisse a retaguarda;

Uma relação de mutualidade e pluralidade;

Alguém que sentisse o que sinto, com a mesma intensidade, força e dedicação.

Sonho vão de adolescente;

Um ser assim não existe, ou quem sabe não entende o que desenho.

Um dia desafiei o destino, e ele gargalhou…

Um dia saltei de olhos fechados, e fui um pacote flácido no chão.

Um dia descobri que pra mim não era importante achar o que procurava;

O importante era achar quem procurasse comigo.

Em nenhum dia me senti tão só quanto hoje…

hoje o dia esta cinza, assim como meus olhos.

hoje vejo que tudo que um dia sonhei, sonhei em vão.

E eles dizem para que eu não pare de sonhar.

Apenas para continuarem a me vender uma imagem que esconde egoísmo e auto piedade.

Para que eles ainda possam vender sepulcros caiados.

Como o tempo passa mãe!

Meu quadro envelhece na parede enquanto eu fito a porta que sempre me esta fechada.

Como o tempo passa mãe! Há pouco morreu o sonho da guitarra elétrica e de talvez ter o mundo como uma ilha.

Minha vida é uma obra não realizável.

“Alguns homens nascem póstumos” [Nietzsche]

Edson Duarte
Enviado por Edson Duarte em 25/12/2008
Código do texto: T1352159
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