Assumo, desdenho, sinto, percebo. Mais que qualquer outro.
Tenho em mente que estou acima da maioria, mas levo nas atitudes uma simplicidade incomum e quase me comparo aos que não se importam.
Ainda assim, tenho em mente que estou acima da maioria.
E por isso exijo mais de mim,
E por isso não aplaudo meus feitos.

Embora não saiba viver sem que os outros o façam.

Sinto medo de cometer erros, mas os aceito depois de cometidos. Porque não há o que consertar. Porque não se pode fazer inteiro um coração despedaçado. Não há como reviver o paciente morto, ou devolver o sangue esvaído.

Então eu sento, penso, choro, sinto e morro pela dor causada.
E renasço das cinzas da dor excruciante, recomeçando o ciclo e fazendo tudo outra vez.

Então assumo que cometi os meus erros e que aprendi com eles. E desdenho de quem os comete, tendo-me visto fazê-lo. E sinto que foram eles que me fizeram ser EU. Então percebo que já não sou mais.

Apenas uma mutação constante, geneticamente modificada a cada vínculo e associação. Não existem vacinas para mim, embora sempre vendam uma nova. Tome qualquer uma, talvez funcione, mas em algum momento ela vai falhar, e eu te infecto.