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Perfil

Ensaísta do universo literário romântico-surrealista. 
Aos 18 anos, andei à volta com as questões da dimensionalidade do infinito. Possuía uma máquina inter-estelar movida à anti-matéria, que era capaz de atingir uma velocidade estabilizada ao movimento da luz. Fiz a soma das contas e conclui que a função de taxista inter-estelar calharia bem. O problema eram as viagens não amparadas pela relatividade restrita, pois, neste caso, na terra, haveria a questão das duas idades a equacionar. A dada altura, soube algures que a descoincidência entre o cronológico e o mental de uma das idades levaria a um certo cansaço visionário. Nestes momentos, contudo, sempre lancei mão dos números, concentrando-me em fazer os acertos para a meta que se me havia fixado: dez anos de missões inter-estelares, sendo o mesmo que dizer, em cálculos arredondados, quarenta e tal anos terrestres... Posto isto, a repetição  do axioma: o  fundamental mesmo é que, cada um de nós, deve retesar o arco para, de novo, prestar as suas provas, para conquistas dentro da história, e contra ela; a escassa colheita dos seus campos; o breve amor desta terra. O arco torce-se, a madeira range...