A SAÚDE DO PARÁ (SEM CPI) ESTÁ NA UTI

A SAÚDE DO PARÁ (SEM CPI) ESTÁ NA UTI

O prefeito de Belém e a governadora do Pará foram condenados aos pagamentos de multas por deixarem pacientes diabéticos "a Deus dará", desamparados de medicamentos e consultas. Além do tormento da Santa Casa, que saiu da UTI, recentemente, nas Unidades Móveis de Saúde do Estado, o pagamento das diárias funcionais já "criou foi asa", infelizmente.

No Pronto Socorro de Belém e do Guamá, a demanda extraordinária e a falta de recursos merecem ouvir um esporro de quem levará à última instância judiciária todos esses abusos. No entanto, o poder político vem sendo amparado pelas regalias das leis mal formuladas e o desencanto jurídico vai prevalecendo, desrespeitado por algumas confrarias empossadas.

"Não quero ser o dono da verdade", como cantava Raul Seixas, mas só espero ter a racionalidade para fazer algumas queixas... Eu me queixo, por não receber uma explicação necessária; todavia, jamais deixo de querer a manifestação apartidária.

O resumo do que escrevi e ainda não expliquei é: assumo querer a CPI numa berlinda da lei. E a tal CPI, que desejo instalada, é ampla, irrestrita, imparcial, para ver um lampejo da jogada corrupta na pista do tribunal. Quanto o município recebeu e investiu na saúde da capital? Algum santo comício fariseu insistiu em fazer um rude ritual. Esse desencanto acometeu o “vil poder sem virtude estadual".

Por que a “dona” SESPA desrespeita o Regime Jurídico Único dos Trabalhadores do Estado do Pará e se encrespa, pois nunca aceita que um “time verídico de jogadores”, por ser entrosado, não perderá? Quanto o estado investe no Programa “Unidades Móveis”, antigo “Presença Viva”, para deixá-lo imóvel e com a má fama de inutilidades que da boa crença se priva?

Essas e outras perguntas ficam sem respostas. Os governantes só dão uma importância, afinal, às suas prosas fiadas astutas e viram de costas à toda e qualquer “importante instância judicial”. Como alguém sossega com esse infeliz sufoco circense? “Eita Pará Pai d’égua”, é o que diz um caboco paraense...

Quem são os vitimados e quem são os algozes promotores do caos na saúde? Isso precisa ser esclarecido. Então, que os inconformados entoem as vozes contra os horrores e a má virtude de um “poder corrompido”.

Além disso, devem partir para as ações, provando o estorvo, sem falatório sectário, de todo o rebuliço da más administrações que vem zombando do povo e do judiciário... Enquanto isso, sem a CPI, a saúde do Pará, por quanto tempo, em vão, ainda, permanecerá, portanto, na UTI, “a Deus dará”, num desencanto que não finda?

Paulo Marcelo Braga

Belém, 30/03/2009

(01 hora e 53 minutos)