Negue teu descompasso,
Quando pressentes meus passos,
Indo em tua direção.
Negue a disritmia,
Que age como alquimia,
E atinge o teu coração.
Negue o respirar,
Que não alcança o ar,
E deixa confesso o momento.
Negue o calafrio,
Teu corpo tremendo de frio,
Contrariando o tempo.
Negue a vida que anima,
Quando a paixão te domina,
E faz de ti só desejos.
Negue que como louca,
Imaginas a minha boca,
Saciando sua sede de beijos.
Negue o quanto quiser,
Diga tudo o que puder
Falar em seu favor.
Mas nunca me irás convencer
Por nada que venhas a dizer,
Que não me tens mais amor.