O quanto amo.

Quer saber o quanto eu amo?

Pergunte ao vento, que pela fresta assovia,

De como a dor, a angústia ou o lamento,

Destroem a calma e instalam a agonia.

Porque o amor nada é mais que o sopro,

Que agita a alma e alimenta a ilusão...

O que se ama, além da nostalgia,

Que troca em sonhos, o que era solidão?

E a identidade se considera perdida.

Viver agora é tão só, revolução...

Um bombardeio, que nas noites e nos dias,

De forma insana, dilacera o coração.

Amar é o quanto enfim desprendo,

Da própria luz, para iluminar a dois.

O quanto amo é o que deixo de ser,

No meu agora, para ser talvez, depois...