Éramos crianças, perdidas na chuva,
Pulávamos poças imensas azuis
A manhã cinza, a nossa volta, apenas a brisa, e,
O riso dos outros, de nós,
Loucas, à deriva, completas.
Nunca antes fomos crianças!
Nossa infância resumia-se a essa brincadeira:
Pular em poças sujas, e consequentemente nos molhar.
Quanta diversão nós podemos tirar de gotas atoas?
A amizade era leve e profunda
Éramos nós mesmas conosco
Que saudades daquele tempo!
Se eu tivesse um céu
Ele seria feito de poucos momentos
Esse nosso, seria um deles.
(Nada disso tem sentido
Para meio coração
É solitário ser só)
Antes que eu parta, agradeço-lhe com um beijo distante.
Suspiro doce com a lembrança
De ser o passado no futuro sonhador...