A esmo a noite se avizinha
de tão lívida ferve e convulsiona
procuro o ar ao vir à tona
e olho a lua e m'alma adivinha
Que há nos céus explosões de desejo
como se flores fossem gente
meus sentimentos não podem ser indiferentes
se mesmo não querendo ver... Eu vejo
Apaguei uma luz, matei um amor, um sonho
uma dor me faz chorar
no depois, nada há
mas sempre haverá uma razão para amar
Só eu e você
neste estranho labirinto
em um espaço cada vez mais miúdo
mesmo se quisesse eu não minto,
em meu grito mudo,
cada dia que passa
é mais difícil dizer o que sinto
No ventre da fria madrugada
pouso
meus lábios nos teus,
beijos impregnados de erros,
como um sonho, em que o sentido se perdeu.
Sonhos...ao anoitecer
mistérios do meu sono, Eu que sonho acordado...
são míseros
pecados sonhando com você...