Nas ruas os sons emergem do nada
Como em todos os caminhos do mundo
Estalam surdos os passos nas calçadas
Frágeis almas esperando a madrugada
Sirenes de cinzas mortas sentidas em vão
Caem do espaço como pétalas de flores
Talvez seja a morte levada em um caixão
Quiçá em uma brisa seja um arco íris de cores
O vento bate a porta como um coice
A tempestade é sentida pelas frias mãos
Como a solidão ela cerca a noite
Como as ondas de amor e de perdão
Cerca a noite toda a solidão
A escuridão tinge os olhos com lágrimas
Pequenas gotas caem no chão
Doce veneno em um lago de mágoas