Procuro um verso na noite azul e ametista.
Tento baixar aquela estrela na minha lista
e ouvir os lamentos de quem sozinha brilha
no meio do nada ou em algo que não exista
entre dois polos aleatórios que se atrevem
a roçar seus limites na sala cinza do cérebro.
Folheio vários livros. Abro e fecho os arquivos.
Corro o dedo no drive. Subo e desço e respiro
quase ofegante enquanto os miolos são fritos
nesta azia dos signos, no refluxo dos sentidos:
quando eu escrevo toda a temperatura aumenta...
A perna treme. A mão sua. E onde está o poema?