Range aquele moinho na gasolina do vento
instável do quintal vazio. E mó a mó e lento
refrigera o sonho vindo do portão de dentro
— onde o cadeado, entre ossos, está suspenso.
Tudo passa na pedra: orgulho, dó e lamento;
são tão grandes, mas terminam bem pequenos
no fim da linha do massacre da serra da rotina
que lacera o íntimo e depois expõe a alizarina
da tarde que parecia um alumínio elétrico de cinzas
escorados no gás de chumbo, da rajada que insistia
nos flancos, pronta para a utopia que se aproxima:
pôr o verso, coar o poema e não adivinhar a poesia.