Os sonhos que sonhei na mocidade
São como as contas de um longo rosário,
Que o moço sonhador – o visionário - ,
Apenas o rezou pela metade...
Ao atingir, agora, a meia-idade,
(Quarenta primaveras completei)
Eu avalio o quanto que sonhei
E o pouco que tornei realidade!...
Contudo, sou feliz. Que mais desejo?!
Se tenho esposa, filhos, lar que vejo
Organizado p’ra cumprir seu fim...
Quis nosso Deus, Nosso Senhor, ainda,
Doar-me o estro, a inspiração infinda,
Plantando a poesia dentro em mim!...
Escrito em outubro de 1962.