Nos meus caminhos encontro pedras ervas daninhas Nos portos onde me abrigo no cais de perrice lágrimas Olhos marejam a alma verseja
Nos caminhos por onde piso Sigo forte sem me perder quem sou Contemplo a vida tento meu riso O sol me sustenta piso a pele da terra Sacudo o pó recolho a voz e prossigo
Nos meus atos mais concisos Fico a refletir a roda do destino Cada passagem do tempo Entra como certeiro cristalino
Cada ocasião liberta o pensamento O vento sussurra ouço apenas o eco Que chama e chora num encantamento E tudo gira e volta a rodar E como chuva mansa a vida segue Na marra ou marrenta me deixo levar.