Eu a ti me escravizo
em todos os possíveis momentos
na aurora de todas as manhãs
na imensidão dos meus pensamentos.
Para ti teço nos céus tapetes de plumas
nas nuvens negras dos ventos do outono
eu me perco cego pelo teu abandono
então me deito e morro em rios de espumas.
Não quero que chores, nem coisa alguma
tenhas vergonha do teu pranto
deves manter teu encanto por hora
tudo é tão rápido, a eternidade não demora.
É a ti que a vida escraviza e perfuma
como pó que escorre entre dedos
o que um dia foi um sólido rochedo
e agora como tu, é nada, é coisa nenhuma.