O inferno em minha alma habita
exposto em chagas sangrentas
como fosse herança maldita
me afogando em mar em tormentas.
Noite apos noite, dia apos dia
vestido de morte, negras as nuances
trágico palhaço que sempre me sorria
revelando em sussurros historias
e romances, dor e fantasia
Encenas languido as suaves melodias
soturno e sorrateiro, como fogo faminto
espreita em pedras de visguento labirinto
em trevas das trevas de falsas idolatrias.
Sinistra é a existência do instante
Da garganta são os gritos que ressoam
Como feras que se cruzam nos caminhos
Como homens que por amar de mais magoam