Chorava alto, com sangue nas lagrimas
O fel nas tuas palavras eram navalhas
E o pranto não comovia teu coração
Nem evitava tuas afiadas risadas
Em teu sentar, cobrias o rosto com as mãos
Cada eco do sorrir soava como açoite
Na noite, você se encolhia naquele sujo chão
E cada lenta lagrima que rolava
Mais e mais teu corpo empurrava
No poço das saudades no mar da emoção
Já não havia seguras verdades
E as pretensas vaidades
Esvaiam-se pelo chão
Um ideal de vida perfeita
Que se perde na utopia, por viver
Nos encantos do isolamento
Nas catedrais da solidão
Alexandre