Rasuras no papel (Parte I)
A espada do templo abduzido
põe-se a sucumbir à vida,
no alto desejo apreendido
seu regaço expõe-se ao vento,
para que se encontre a saída.
Nessa pura relevância do tempo
seu espaço vem a se abranger,
entre os devidos fatores em movimento
a cadência vem sua alma abater.
Rasuras no papel já desfeito,
pois seu efeito não os faz assim viver
entretanto o declínio lhe envolve o peito,
perante essa anistia que enfada o prazer.
Somas de singularismo decretado
por fatos não resolvidos no deserto,
faz-se o declínio se apossar da alma
indefinida desse sublinhado ardor inverso