Esparramo-me em mil sabores a sua espera
Constante é este desejo a me inundar
Neste eu atual marejo todo um lago no seu aguardo
O doce regresso de quem foi logo ali
Um retorno de uma breve eternidade
Espera regada a gotas inquietas em meu solo fértil
Deserdado momentaneamente está meu ventre
O ninho onde a vida acontece em festa
Entre sementes aflitas flerto com teu reflexo
É tão anil sua sombra em meus passos quase lentos
Tanto de você em meus gestos tremulantes de quereres
Em febres de gostos apurados, saqueio minha reserva
E sou nós dois por um breve e deliciado momento
Enquanto você... Você não vem...