Asas da Alma
Quem sabe no tempo
exista uma luz que consiga
escapar da força das trevas,
surgindo, assim, pequena semente.
Que seja ela meio
para o renascimento
da vontade da alma
que, percebendo-se
perdida, volte a pleitear o céu.
Que traga em seu bojo
os genes da fé
e da esperança
para erguer os olhos fixos
no chão às alturas.
Que descubram-se escravizados
a forças primitivas
que vivem a alimentar
a suposta satisfação.
E quem sabe, assim, o pesadelo
ganhe ares de sonho,
e os escombros
organizem-se em construção.