Vestia a lua, seu nobre manto de luzes
Da cor azul de onde emanava o luar,
Dos corações podiam ouvir-se suas súplicas,
Com placidez o céu se punha a escutar.
Vestia a noite, o negro véu da escuridão,
Mas veio a lua, sua luz me emprestar,
E iluminada assim ficou a minha rua,
Quando os meus sonhos pude enfim lhe entregar.
Amor confesso e o luar por testemunha,
Nem mesmo o tempo tem poder para apagar,
O que na luz o coração pôs-se a escrever.
Será eterno, sentenciou-nos a noite,
E olhando o céu um brilho sempre se há de ver,
Luz de um amor nascido para não morrer.