Enquanto houver beijos

Enquanto houver beijos

Beija-me, beija-me até novamente sentir...

Sentir, sentir o que trazes pra mim

Desse seu sempre ímpetos beijos

Carregando-me aqui...

Causando-me deleite,

em nossa cama,

sobre a almofada macia,

a sabedora de nossos desejos.

Ora, visto na cômoda ao lado,

o incenso exalando mirra

No assoalho de madeira,

duas taças e o vinho

Agora umedecido nossos lábios,

pelo gosto do bom tinto

Agora esparramado sem culpa,

sua roupa toda...

Sua roupa que não lhe pertence mais

- Meia luz, toda boca, volúpias...

E o fogo em chamas em nosso corpo nu,

não se apaga tão cedo...

Enquanto houver beijos