Estranha saudação

Cada povo tem o seu modo de saudar. Não há um modo universal para isso.

Como poderíamos saudar alguém de modo estranho?

A saudação é um modo de as pessoas se cumprimentaram quando se vêem ou se encontram depois de algum tempo sem se verem. E essa saudação pode ser formal, como: bom dia, boa tarde, boa noite. Ou informal, como: Oi, Olá. Mas existem outros modos que substituem esses. Como exemplo do que falamos, há os “e aí?”, “tudo bem?”, “fala irmão”, “fala bicho”. Este já não usual, mas que foi comum na década de oitenta.

Entretanto, há outras formas ou modos menos formais e mais familiar, como: “você sabe da última?”, “teu filho (a), melhorou?, “sabe quem morreu?”, “você assistiu o jogo?”, “...viu o último capítulo da novela?”, “você viu o jornal nacional?”, “você viu o jornal da Globo?”, “você viu o jornal da Record?”.

Mas existem outros que equivalem a saudações, mas que soam mais como provocação do que saudação. São: “fala palmeirense”, “e aí, corintiano”, ou outro time de futebol pelo qual alguém torce ou não torce, mas que, para provocar reações, alguém cita para outro como se ele fosse simpatizante do tal time.

E existem outros mas provocativos, como: “nossa, como você tá magro”, ou “gordo”, “fala gordo (a)”, “tá com frio?”. Este, devido a pessoa a quem alguém se dirige estar vestido de modo como quem está em temperatura amena. Ou: “você vai fazer exame?”, modo irônico, devido o outro estar vestido de modo à rigor.

Todos esses modos de saudações são usuais por aqui, sem contar os modos sem palavras e com simples gestos de mãos ou de cabeça.

Entretanto, são diferentes e estranhos ao modo como se saúda o povo cristão, cuja linguagem é também própria dele.

Aeroporto internacional Juscelino Kubitschek-Brasília-DF, 17/05/2018

Oli Prestes

Missionário