Faleceu Aretha Franklin a Rainha do Soul

Publicado por: Judd Marriott Mendes
Data: 16/08/2018
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Faleceu Aretha Franklin a Rainha do Soul
 
Faleceu hoje 16 de agosto de 2018 aos 76 anos em Detroit,
Michigan a cantora Aretha Louise Franklin. Nascida em 25 de março de 1942 em Memphis, Aretha Franklin também conhecida como a Rainha do Soul, Aretha Louise Franklin nasceu em Memphis, 25 de março de 1942 no Detroit,  foi uma cantora e compositora norte-americana de gospel, R&B e soul que virou ícone da música negra.

Foi considerada a maior cantora de todos os tempos pela revista Rolling Stone e, pela mesma revista, a nona maior artista da música de todos os tempos. Cantava Rhythm & Blues, soul, gospel e até opera. Teve gravaçoes e paticipaçoes e gravou cançoes de Ray Charles, James Brown, Whitney Houston, Mary J. Blige, George Michael, Luciano Pavarotti, Arizona Dranes, Nat King Cole, Nina Simone, Ella Fitzgerald, Bessie Smith, Ruth Brown, Sarah Vaughan, Sam Cooke, Billie Holiday, Mahalia Jackson, Dinah Washington, Clara Ward.

Teve muitos famosos influenciados que a gravaram como Natalie Cole, Beyoncé Knowles, Adele, Patti LaBelle, Whitney Houston, Mariah Carey, Jennifer Hudson, Demi Lovato, Fantasia, Luther Vandross, Amber Riley.

Apesar de todo o sucesso, Franklin teve apenas dois singles que foram para o primeiro lugar na lista dos mais vendidos dos Estados Unidos segundo a revista Billboard: "Respect", na década de 1960 (sua canção mais conhecida) e "I Knew You Were Waiting (For Me)", um dueto com George Michael.
No entanto, vários singles dela já apareceram entre os 20 mais vendidos na lista daquela publicação, como "Think", "I Say a Little Prayer", "Until You Come Back to Me", "Chain of Fools", "(Sweet, Sweet Baby) Since You've Been Gone", "Call Me", "Ain't No Way", "Don't Play That Song (for me)", "Freeway of Love", entre outros.
 
1942 - 1961: Primeiros anos
 
Sob a tutela do lendário produtor da Columbia, John Hammond, entre 1961 e 1966, Aretha lança 9 álbuns pelo selo. Apesar de que,infelizmente, nenhum tenha atingido o tão esperado sucesso que se gostaria. John enxergava Aretha com uma próxima Billie Holliday, o que o levou a ignorar o talento da jovem para o R&B e o Soul e empurrá-la a incorporar mais dos estilos jazz, doo-wop e blues em suas canções. Ainda sim, Aretha consegui emplacar alguns hits modestos nas paradas musicais da época. São desse período:
“Today I Sing The Blues”, “Won’t Be Long”, “Cry Like a Baby”, “Sweet Bitter Love” e “Rock-a-bye Your Baby with a Dixie Melody”,  tendo esta última, inclusive, alcançado um lugar entre as 40 músicas mais tocadas do momento. Ainda na tentativa de alcançar o sucesso,  Aretha chegou a regravar algumas canções de cantoras contemporâneas que eram sensações na época, como Walk On By (Dionne Warwick), “You’ll Lose A Good Thing” (Barbara Lynn), People (Barbra Streisand), além de tentar regravações de clássicos do jazz e do blues como “Misty”e I’d Rather Drink Muddy Water, entre outras. Pela Columbia Aretha também gravaria um álbum tributo à cantora Dinah Washignton, falecida em 1963, e uma das grandes influências em sua carreira.
 
1967 - 1979: Sucesso comercial
 
Em janeiro de 1967, após não renovar contrato com a Columbia depois de seis anos, Franklin migrou para a Atlantic Records. No mesmo mesmo mês, viajou para Muscle Shoals para gravar a canção I Never Loved a Man the Way I Love You diante dos famosos músicos da Muscle Shoals Rhythm Section. A canção foi lançada no mês seguinte e tornou-se nº 1 nas paradas de R&B, enquanto também atingiu a 9ª posição na Billboard Hot 100, dando a Aretha seu primeiro sucesso Pop. O lado B do single continha a canção Do Right Woman, Do Right Man, que figurou no "Top 40 R&B" na 37ª posição.
Em abril, a Atlantic lançou a versão de Aretha de Respect, que atingiu a primeira posição tanto nas paradas de R&B quando de música Pop simultaneamente e tornou-se sua canção assinatura.  Tempos depois, a canção ganhou uma nova interpretação e tornou-se símbolo dos direitos civis e do Feminismo.
 
1980 - 2018: Anos recentes
 
Em 1980, Franklin assinou com a Arista Records, dirigida por Clive Davis, no mesmo ano realizou uma performance no Royal Albert Hall na presença da Rainha Elizabeth II. Aretha também foi artista convidada em um musical de comédia, The Blues Brothers. O primeiro álbum de Franklin pela Arista, chamado "Aretha", foi lançado ainda em 1980 e emplacou duas canções entre "Singles de R&B" nos Estados Unidos: United Together e I Can't Turn You Loose.  Em 1981, "Love All the Hurt Away" incluiu um aclamado dueto com George Benson na faixa-título e uma regravação de "Hold On, I'm Comin", de Sam & Dave. Franklin retornou à disputa pelas primeiras colocações nas paradas com o álbum Jump to It, cuja faixa-título figurou entre os "40 Singles Pop" durante seis anos.
Em 1985, desejando um "som mais jovem" em sua música, Aretha lançou um estilo diferente em Who's Zoomin' Who, que se tornou o seu primeiro álbum a receber certificação de platina ao ultrapassar a marca de 1 milhão de cópias vendidas. "Freeway of Love", "Sister Are Doing It for Themselves" e a faixa-título tornaram-se alguns dos maiores sucessos da cantora. No ano seguinte, o álbum de Aretha alcançou o sucesso com os singles "Jumpin' Jack Flash", "Jimmy Lee" e "I Knew You Were Waiting For Me", sendo este último seu dueto mais conhecido no exterior com George Michael. Durante este período, Aretha também gravou os temas de abertura das séries A Different World e Togheter, produzidas pela NBC.
Em 1987, lançou seu terceiro álbum gospel, "One Lord, One Faith, One Baptism",gravado na Igreja Nova Betel, que costumava ser liderada pelo pai da cantora. Apesar do sucesso comercial deste período, o álbum "What You See is What You Sweat" falhou nas paradas musicais. Mas, Franklin retornou ao topo em 1993, com a canção dance "A Deeper Love" e a balada romântica "Willing to Forgive", de 1994.
 Em 1998, Franklin retornou ao Top 40 com o lançamento de "A Rose Is Still a Rose", produzido pela também cantora Lauryn Hill. A faixa viria a tornar-se o título doálbum lançado depois. No mesmo ano, Franklin atraiu a atenção internacional por sua performance de "Nessun dorma" na cerimônia do Grammy Awards, quando substituiu o tenor italiano Luciano Pavarotti. Em 2004, Franklin anunciou sua saída da Arista Records após 20 anos de contrato. Em 2007, para concluir suas determinações profissionais com a gravadora, Franklin lançou uma compilação de duetos da sua
carreira chamada "Jewels in the Crown: All-Star Duets with the Queen", que alcançou relativo sucesso comercial e de crítica. No ano seguinte, lançou o álbum natalino "This Christmas, Aretha" pela DMI Records.
Aretha Franklin continuou fazendo shows, em menor número, no começo da década de 2010, limitando suas participações devido a questões de saúde.
 
Doença e morte
 
Em 2010, ela começou a tratar um câncer que a acometeu, passando por várias cirurgias, mas mesmo assim conseguiu manter-se em atividade performando nos palcos pelo mundo de tempos em tempos. Em 13 de agosto de 2018, foi reportado que sua situação de saúde havia deteriorado consideravelmente e a cantora passou a se cercar de familiares e amigos próximos, vindo a falecer hoje três dias depois, em 16 de agosto de 2018, aos 76 anos em sua casa em Detroit, vítima de câncer de pâncreas.
 
Franklin recebeu uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood em 1979. Em 1987, tornou-se a primeira artista feminina a entrar para o Rock and Roll Hall of Fame. Dois anos antes, o governo do Michigan havia decretado sua voz como um "fenômeno natural".  Em 1991, foi premiada com o Grammy Legend Award por "sua contribuição para a música" e quatro anos depois, recebeu uma medalha do Kennedy Center, uma das mais prestigiadas instituições de arte do país. Em 2005, o então Presidente George W. Bush condecorou Franklin com a Medalha Presidencial da Liberdade por "seus serviços aos Estados Unidos". No mesmo ano, a artista foi incluída no UK Music Hall, tornando-se a segunda artista feminina  conseguir tal reconhecimento; (a primeira havia sido Madonna).
 
Uma artista de grande quilate, Aretha já foi descrita também como "A voz do Movimento dos Direitos Civis", "a voz da América Negra" e "um símbolo da igualdade racial". A revista Rolling Stone a considerou uma entre "os 10 maiores artistas musicais"  e a 1ª na lista dos "Maiores Cantores de Todos os Tempos".  Em 2011, após recuperar-se de uma cirurgia, Aretha foi homenageada pelas cantoras Christina Aguilera, Florence Welch, Jennifer Hudson, Martina McBride e Yolanda Adamsna cerimônia do Grammy Awards.
Judd Marriott Mendes
Enviado por Judd Marriott Mendes em 16/08/2018
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