Há quem diga que vê coisas que outros não são capazes. É possível ver algo invisível? De que modo vê-lo? Ou como isso é possível, se é que é possível?
Existem pessoas que veem atos e fatos passados, presentes e futuros, os quais não são dados ver a outros. Essas pessoas, chamadas de visionários por alguns, obtiveram uma capacidade elevada não só de percepção extrassensorial, mas de revelação de coisas que poucos mortais obtiveram. E essa capacidade de ver não se limita ao visível como imagem, mas também ao invisível, como um sentimento ou uma fraqueza, seja de caráter, seja espiritual.
Tais pessoas, quando lhes é mostrado, podem, sem nunca terem tido contato com o outro, dizer-lhe coisas sobre ela ou que a envolva. Isso é chamado de “Dom de revelação”. E eu já tenho tido o prazer e também o desprazer de conhecer pessoas do tipo, as quais me têm falado coisas que ninguém sabia sobre mim, como: emoções, desejos, etc. E isso é um dom tão maravilhoso, já que vem daquele que é maravilhoso por si mesmo, Deus, que as revelações lhes vêm com os seus olhos abertos, em conversas informais. Mas essas revelações, embora vindas de Deus, não são dirigidas a qualquer um e nem segundo a vontade do vidente ou do consulente. Também não é uma capacidade nata do seu possuidor. Assim, ele não pode ver quando quer, mas quando aquele que o dotou de tal capacidade assim tem determinado.
Mesmo pessoas que pensam ser espirituais, mas que não creem nesse dom, dificilmente o recebe. E pessoas que nunca tiveram a intenção de recebê-lo podem receber. Pois Deus concede os dons prometidos ao seu povo (igreja) até mesmo sem que alguém intente ou deseje, e para um fim útil.
Eu disse que já tive o prazer e o desprazer de conhecer pessoas com esse dom, porque me falaram coisas tanto positivas quanto negativas a meu respeito, o que tanto me agradou como me constrangeu. Mas como eles ou elas, as pessoas, as quais são chamadas de “vasos”, não veem de si mesmo, nem falam de si mesmo, embora haja quem possa também mistificar, então o que lhes é revelado tem que ser aceito, embora nem sempre agrade aquele de quem os fatos ou coisas são revelados.
E não se trata de adivinhação, coisa vedada ao povo de Deus. Mas de um dom, o qual está mencionado na I epístola de Paulo aos Coríntios, no capítulo 12 verso 8. Também citado na mesma epístola, no capítulo 13, onde fala do amor de Deus, que deve prevalecer a eles, aos dons. Sem o que se tornam como um instrumento que produz um som sem harmonia.
Quando o invisível é manifesto a alguém, os demais não veem, embora possam estar junto do vidente. Os companheiros de Paulo, o apóstolo, não viram nem ouviram o mesmo que ele no caminho de Damasco, quando ele ia em busca dos crentes, para puni-los por sua crença em Jesus.
Também os acompanhantes de Daniel não tiveram a visão que Ele teve quando estava a margem do Rio Ulai, no reinado da Babilônia.
E por não verem, alguns duvidam do que é manifesto pelo vidente, embora muitas vezes a revelação seja maravilhosa. E a dúvida decorre da falta de conhecimento desse dom, ou por não saberem que ele é uma dádiva e promessa de Deus para o seu povo e para este tempo, a fim de manifestar a abundante graça de Deus.