Chamam-nos em suas suaves passagens as lembranças, esta voz que despreza o tempo e coloca cores aqui e ali em nossos momentos, trás risos, lágrimas, é efêmera, mas tem o perfume das nossas mais caras saudades...!
É do ser este vale de onde vem a claridade, a tempestade, um gesto congelado no tempo, o amor que não foi possível, o amigo insubstituível, os quintais que não voltarão jamais...!
Quem dera folhear o livro da existência e nele situar-nos numa viagem unindo passado e presente, é de utopia o mar que banha o saudoso olhar, e nos acena das taperas do tempo, sem a possibilidade de embora sonho, reviver...
É comovente um coração que descreve a aurora de sua vida, lembra e cultua a lembrança menina, e nunca em tempo algum deixa de sentir o perfume espalhado em seus dias, porque verdadeiramente tem em sua alma o dom divino da saudade...
Malgaxe