O LADO SELVAGEM DE UM POETA

O lado selvagem de um poeta


Ele foi encarar a sua imagem,
O seu ‘eu’.
Defronte do seu espelho
Aproximou os olhos cansados
E o observava atentamente
Assim como a sua boca,
Seu nariz... Seus cabelos crespos
Viu que o tempo passara
Os sinais do tempo eram visíveis
Marcas, rugas, e um semblante desgastado
Pelos desgostos das injustiças que o vivenciou
(Alias, muitos também! E ainda vivenciamos)
Pos a mão sobre o queixo
Tirou o seu óculos de miopia
Que não o deixam mentir
- São almas gêmeas...
Sempre diz a visão toda orgulhosa

É... E voltando!
E de boca aberta
Pode perceber por detrás da sua roupa
Transpassando a carne inútil
Chegando a alma fina
Um outro lado

Seria o lado selvagem de um poeta?

Sentiu-se sensível
Vieram as lágrimas
Chegou ao choro
Um sorriso amigável deu
E até um maroto



Só que de repente aquele outro lado
Sim, aquele outro...
Insistiu-lhe a falar e bem alto;
- Você não é mau! Acredite!
És normal! Conte até três
E segure os seus dedos entre os dentes



Era o seu lado despertando selvagem
Querendo provocar por um momento
Toda a uma desilusão passada,
E agora também presente em alívio•
Então contou... E... Mas não conseguiu segurar os seus dedos
Fechou o punho
E com força socou o espelho...
Ahhhhhh...


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clauD3mir LiMa p03siAS... Amor e dor juntos fazem crescer o espírito
Texto escrito no dia 27/11/2011